02 D E A B R I L

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A Arte e as Dificuldades de ensinar uma criança Autista.

TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO AUTISTAS DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS
 
2. ASPECTOS TEÓRICOS DO ESTUDO
2.1. QUESTÕES PRELIMINARES
Este trabalho com essas crianças necessita de muito investimento pessoal, capacitação, informação, e união de esforços, para que as crianças ampliem suas competências e habilidades, para que se possa ter e desenvolver uma prática educacional adequada e eficaz, que supra a necessidade dessas crianças e dê satisfação ao profissional que de perto lhe assiste.
Há necessidade da formação e funcionamento de escolas com projeto pedagógico interdisciplinar voltado para áreas do conhecimento das ciências químico-físicas e biológicas, sócias históricas e do pensamento lógico-matemático.
É muito fácil para aqueles que ficam fechados em suas salas de trabalho “inventar” coisas novas que de certa forma deve ajuda-los a se sentir melhor. Apenas determinam que deva haver a inclusão de portadores de necessidades especiais, mas esquecem de saber como funciona na prática e quais as implicações e preparações necessárias antes de “incluir”.
Conforme Negrini e Machado (2004), a deficiência (como ciência) tem como tese central, de acordo com a opinião de Vygotsky, a questão de que a criança cujo desenvolvimento está complicado ou comprometido por alguma deficiência não é simplesmente uma criança menos desenvolvida que seus contemporâneos normais, mas desenvolvida de outro modo. Cremos que isso dificulta a vontade dos profissionais em abraçar esse trabalho.
A baixa expectativa que se tem da aprendizagem dos deficientes mentais chamados de graves diminuí, também, o empenho da escola na utilização de recursos especiais para que aconteça o desenvolvimento das esferas do simbólico, ficando insistentemente presas as atividades práticas.
2.2. A LINHA DESTE DESENVOLVIMENTO
A Escola, depois da família, é o espaço primeiro e fundamental para o processo de socialização da criança. A atual política educacional brasileira inclui, em suas metas, a integração de crianças e jovens portadores de deficiência na escola regular, com apoio de atendimento educacional especializado, quando necessário.
A pessoa portadora de deficiência, no seu processo de socialização, pode incorporar as crenças da sociedade e desenvolver uma autoimagem de pessoa incapaz. A oportunidade de convívio com pessoas não portadoras de deficiência torna possível uma vida de normalidade para o portador de deficiência, que pode se perceber como uma pessoa capaz e se desenvolver em todos os aspectos.
A segregação vivenciada pelas pessoas com deficiência, em consequência da não aceitação e da dificuldade de crianças e adultos em lidar e conviver com o portador de deficiência acontece também por causa da desinformação generalizada da sociedade a respeito das deficiências. Sabe-se que quanto mais cedo se estabelecer essa integração, tanto melhor e mais fácil será para crianças com deficiência como para não portadores de deficiência experimentar positivamente essa convivência. Contudo, não é simples de se conseguir um contexto efetivo de integração.
O desconhecimento e o consequente medo por parte das pessoas é um obstáculo às situações onde as pessoas portadoras de deficiência possam conviver com as demais. Uma das ideias e práticas mais disseminadas por nós é a concepção da Educação Especial como sinônimo de atendimento especializado, em local especial às pessoas com deficiência. São consequências de desinformação e “medos”, as seguintes ideias:
Só algumas pessoas portadoras de deficiência podem beneficiar-se da educação; outros portadores de deficiência poderiam apenas ser “treinados” a executar tarefas simples e básicas; os portadores de deficiência são pessoas tão “especiais que exigem professores especializados, escolas especiais, conteúdos e métodos especiais, porque aprendem (quando aprendem) por “mecanismos” diferentes”.
Na verdade, embora haja os alunos com deficiência que de fato necessitam de medidas especiais, a grande maioria tem condição de ser atendida em escolas ou classes comuns. Há uma gradação dessas necessidades especiais.
2.3. É IMPRESCINDÍVEL O ENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS
No entanto, estamos cientes de que as experiências de integração de crianças portadoras de deficiência no ensino são ainda incipientes, e merecem uma reflexão tanto sobre o seu processo de implantação quanto sobre seus resultados. Além disso, é imprescindível o envolvimento de profissionais de áreas interligadas como saúde e ação social, bem como dos pais e comunidade em geral.
Faz-se necessário, também, para um aprofundamento dessas práticas e para uma maior eficácia das mesmas, um trabalho de sensibilização do corpo docente, discente e dos funcionários da rede de ensino, acrescido de um programa de capacitação e aprimoramento profissional.
Assim, é fundamental um trabalho com os que dirigem e atuam no sistema de ensino, bem como com os pais que têm crianças atendidas nas escolas. Um trabalho que tenha como objetivo modificar posturas e atitudes com relação à frequência de crianças com deficiências nessas unidades, bem como difundir informações corretas sobre o tema.
É importante ressaltar que um trabalho desses, de preparação das escolas para aceitarem crianças com deficiências, contribui para um melhor atendimento às crianças em geral e também para o desenvolvimento de ações de prevenção e detecção precoce de deficiências.
2.4. TRABALHO EDUCATIVO COM O AUTISTA
A novidade que tem mais empolgado os pesquisadores são os bons resultados obtidos com o diagnóstico e o tratamento precoce. Quanto mais cedo se detecta a síndrome, maiores são as chances de quebrar as barreiras de isolamento da criança e de interferir em seu desenvolvimento.
A educação de uma criança autista é uma experiência singular e que exige muito do educador, uma vez que a programação pedagógica dessas crianças deve estar embasada nas suas necessidades, e direcionada para o desenvolvimento de suas habilidades e competências, favorecimento de seu bem estar emocional e equilíbrio pessoal de forma harmoniosa, e ter como meta principal a sua introdução ou aproximação em um mundo de relações humanas significativas.
De acordo com SCHWARTZMAN & ASSUNÇÃO JUNIOR (1995), na elaboração de qualquer programa direcionado à educação do portador de autismo, deve-se observar quais canais de comunicação se apresentam mais receptivas a uma estimulação e o nível de desenvolvimento da criança ou jovem autista ao selecionar os objetivos a serem trabalhados numa programação psicopedagógico.
É fundamental verificar se não estão acima de suas condições cognitivas. Principalmente na infância, o desenvolvimento da linguagem exige atenção, uma vez que a criança autista não tem o hábito de se comunicar com os outros. Por isso, o programa educacional destinado à criança autista deve ser adequado às suas habilidades cognitivas, assim como o meio-ambiente e as instituições devem ser bem estruturados. Porém, esta não é a realidade brasileira.
O autista acaba ficando sem opção de escola. São poucas as instituições realmente especializadas no problema e o governo não incentiva nem fornece recursos para as mesmas, o que acaba por dificultar o trabalho com autistas. Como os portadores desta patologia têm diferenças individuais mais acentuadas, o potencial e as necessidades da criança são os principais critérios utilizados na determinação dos objetivos a serem alcançados através do programa educativo. Consequentemente, a maior parte das crianças autistas não pode participar de uma sala de aula comum.
Embora escolas especiais e classes para crianças autistas existam, muitas delas não se encontram devidamente preparadas para tratar destas crianças. Neste aspecto, a relação professor/aluno também é um importante meio para retirar a criança autista do seu isolamento. Para SCHWARTZMAN e ASSUNÇÃO JUNIOR (1995), quanto mais significativos para a criança for os seus professores, maiores serão as chances dela promover novas aprendizagens, ou seja, independente da programação estabelecida, ela só ganhará dimensão educativa quando ocorrer uma interação entre o aluno autista e o professor.
Na escola, é prudente que o aluno seja recebido por um profissional com o qual já tenha estabelecido um vínculo, e que essa pessoa introduza o aluno ao professor. Este profissional será a referência da criança nesse momento e funcionará como ponto de apoio do professor em sala, permitindo que as atividades pedagógicas sejam desenvolvidas sem interrupção, mesmo quando alguma criança tiver uma crise.
Em cada aula, o professor deve estabelecer uma rotina e segui-la, contando com o apoio da coordenação e supervisão na definição das atividades adequadas ao grupo. O professor terá que assumir sempre uma postura de calma e continência diante de problemas ou de uma crise da criança, transmitindo segurança e controle da situação. O elogio e a atenção são excelentes armas para a obtenção de comportamentos positivos.
SGHWARTZMAN & ASSUNÇÃO JUNIOR (1995) apontam ainda que outro fato relevante na educação do autista é que o professor promova interações das crianças autistas com outras crianças do ensino regular. Os autores citados acreditam que o autista ganho através dos modelos oferecidos pelas crianças do ensino regular, e pela quantidade de estimulação que este ambiente escolar propicia.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. Onde serão pesquisadas crianças, com idade escolar dos sexos feminino e masculino, de uma Escola Especial. Será utilizado o PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado), passado e atual, e dados da história do indivíduo levantados no prontuário dos pacientes, juntamente com uma observação destas crianças, nesta escola.
Cada criança deve ser analisada individualmente, para que seu programa de tratamento também seja feito de maneira individual. Não é porque as crianças têm o mesmo diagnóstico que apresentam as mesmas dificuldades.
Esta metodologia mostra-nos exatamente isto. Todos são diferentes e suas rotinas e atividades devem ser estudadas de acordo com a necessidade específica de cada um, o que é constatado através do PEP-R.
3.1. TIPO DE PESQUISA
O presente estudo refere-se a uma pesquisa de caráter qualitativo e tem por objetivo investigar se é possível desenvolver habilidades sociais em crianças com diagnóstico de autismo. Mesmo não tendo certeza se este é o melhor caminho a ser seguida, inicialmente, por meio de levantamento teórico de vários autores especialistas da área, a ideia é identificar e traçar uma linha do desenvolvimento das crianças autistas juntamente com crianças que não apresentam essa deficiência no ambiente escolar.
3.2. O LOCAL DA PESQUISA E OS PARTICIPANTES
Numa etapa inicial será feito um levantamento dos profissionais que se disponibilizarão a participar da pesquisa, depois de definido os participantes, que inicialmente será os professores de instituições escolares que aceitam crianças com autismo e instituições que oferecem apoio na educação dessas mesmas crianças.
3.3. OS INSTRUMENTOS DA PESQUISA
Como instrumento, será feito um levantamento teórico e posteriormente, a formulação de entrevistas com profissionais ligados a educação de crianças com autismo. Após analisar como é realizada a inclusão de crianças autistas no ambiente escolar.
3.4. ANÁLISE DOS DADOS
Diante dos dados obtidos sobre a educação das crianças autistas e a sua inclusão na sociedade. Pretendo com esta pesquisa analisar a importância da inclusão dessas crianças no ambiente escolar, as dificuldades encontradas pelos educadores param se adequarem as novas situações.
Será feito um esclarecimento para que fique claro que é fundamental a estimulação destas crianças; deve haver uma rotina de trabalho, mas o mundo não deve adaptar-se a eles, e sim, eles ao mundo; é necessário fazer enfrentamentos com situações que lhes pareçam difíceis, para que não haja agravamento na área social.
4. REFERÊNCIAS
ASSUMPÇÃO, Francisco Batista Júnior, SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil.
São Paulo: Menon, 1995. BAPTISTA, C. ROBERTO, BOSA, CLEONICE (Orgs). Autismo e Educação.
Porto Alegre, Artmed, 2002. SCHWARTZMAN, Salomão J. Autismo Infantil.
Brasília, Corde, 1994. GAUDERER, E. Christian. Década 80: Autismo. São Paulo: Sarvier, 1985. BAUTISTA, Rafael. Necessidades Educativas Especiais.
Portugal: Dina Livros, 1995. SZABO, Cleuza. Autismo um Mundo Estranho.
São Paulo: Edson, 1999. BOSA, Cleonice & Callias, Maria. Autismo: breve revisão de diferentes abordagens. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre, v.13, p.167-177, 2000. BOSA, Cleonice. Atenção compartilhada e identificação precoce do autismo. Psicologia: Reflexão e Crítica, v.15, p. 77-88.
Porto Alegre, 2002. Blog: Toca da Arte: Karla Eliana. AH! As birras. Os pais das crianças com autismo geralmente são responsabilizados pelos “ataques de birra” de seus filhos. As “pessoas não entendem as reações das crianças e culpam os pais por não darem limites” a seus filhos.
Como estamos acostumados a manter o controle nos ambientes que frequentamos ninguém imagina como o cérebro de uma criança pode entrar em “sobrecarga” (palavra muito usada pelos próprios autistas para descreverem o que sentem).
Elas frequentemente não conseguem filtrar os estímulos que as cercam (autista, visuais e táteis) e sentem como se todos os atingissem ao mesmo tempo, com a mesma intensidade. Para nós, a adaptação e a “filtragem” dos estímulos são automáticas. Escolhemos aquele estímulo que mais nos interessa numa situação (a voz de uma pessoa, por exemplo) e, automaticamente, os outros ficam em segundo plano. No autismo não é assim. A criança não consegue fazer isso automaticamente.
O seu cérebro fica confuso devido à entrada de vários estímulos ao mesmo tempo e ocorre a sobrecarga. Muito dos problemas de comportamento apresentado por essas crianças deve-se a um colapso no controle dessa filtragem de estímulos. Portanto, quando seu filho tiver uma “crise de birra”, que de certa forma, é muito natural para o autista’, primeiramente mostre carinhos, paciência no controle do olhar com amor e no toque das mãos, observe:
1 – Avalie a situação em que ocorre o problema de comportamento. Lembre-se dos diversos estímulos (excesso de luzes, sons, vozes, multidão, toque, mudanças na rotina, imprevistos, situações novas ou desagradáveis, etc.) que “sobrecarregam” os sistemas sensoriais da criança com autismo.
2 – Quando as crianças têm um sorriso no rosto, podem cooperar e prestar atenção. Mas quando estão cansados, confusos, frustrados, ansiosos, pode entrar em devastadora “sobrecarga de sensações”.
3 – A maioria das crianças “sinaliza” sua ansiedade de alguma forma. Talvez se tornasse agitada e, neste caso, essa agitação deve ser interpretada como forma de comunicação: “Salve-me antes que eu perca o controle”.
4 – A dificuldade em comunicar algo ou pedir ajuda pode levar a um estado de frustração.
5 – Eles não gostam de perder o controle. Essas reações não são planejadas, são reações, isto é, a criança reage a algo que a incomoda ao exemplo. Ao extremo dela perder o controle!
6 – Quem mais sofre nestas situações é a própria criança. Para ela, é difícil “voltar” depois que ultrapassas os próprios limites de “sobrecargas”.
7 – Você pode ajudar a criança a “voltar”. PARA EVITAR QUE AS CRISES DE BIRRA OCORRAM, LEMBRE-SE:
A – A criança com autismo pode não generalizar uma regra. Talvez ela se comportar em casa, mas não na escola, ou ao contrário. Pode aprender a se comportar numa situação, num determinado ambiente, mas para se comportar num outro ambiente, vai ter que aprender novamente. Cada vez é a primeira vez. É preciso sempre lembra-la de como deve se comportar.
B – Quando a criança fica sem ter o que fazer, pode ocorrer os movimentos de auto estimulação (que também os ajudam a lidar com uma situação nova). Nestas ocasiões você pode oferecer a ela algo que seja mais interessante. Mas a família deve procurar preencher o tempo da criança de maneira sistemática (usar figuras sobre a rotina diária que muitas vezes pode ajudar).
C – Situações novas ou inesperadas também causam ansiedade. Prepare sempre o seu filho para o que vai acontecer. Ele vai ficar mais calmo. Se você usar figuras, vai ser mais fácil ele entender, principalmente se ele perceber que depois de uma situação difícil (ida ao médico ou ao dentista, por exemplo): ele vai poder descansar ou fazer algo que gosta.
D – Criticar, provocar, insistir que uma recusa da criança autista é “bobagem”, é contra produtivo e piora as coisas. Respeite os limites do seu filho. Lembre-se de que você pode estar forçando limites de tolerância sensoriais ou emocionais. Ele pode, sim, se acostumar a algumas situações que a princípio são difíceis para ele, mas para isso precisa à de tempo e paciência. CASO AS CRISES OCORRAM:
Exemplo nº 1. Seu filho não sabe o que fazer para “voltar” (lembra-se que ele perdeu o controle?) nem o que fazer para se corrigir. Ele precisa que você não perca o controle! Ajude-o falando em tom baixo, com a voz suave tranquilo (a) repetindo uma palavra que ele entenda, cantarolando uma música que ele goste com aspectos que você esteja lhe passando amor ou descrevendo seu lugar predileto.
Exemplo nº 2. Se ele estiver, por exemplo, batendo a cabeça contra a parede, diga “parado” e repita várias vezes com a voz tranquila e muito suave, ajudando-o, gentilmente, a parar o movimento (apenas se ele é uma criança que aceita bem ser tocado (a)). Se ele estiver gritando, diga “calado” ou “feche a boca”.
Se “estiver batendo em alguém ou nele mesmo, você pode dizer “mãos para baixo”“, suavemente para ele possa entender dos mecanismos que você estará aplicando na melhora. Você ainda pode ajudar falando das coisas que ele gosta de fazer, por exemplo, “balanço” ou “praia”.
Músicas eruditas, suavemente aos ouvidos, também ajudam. Mas não se esqueça de falar devagar com muita calma suavemente, mantendo sua tranquilidade. Com o tempo, você vai ver ele vai fazer isso sozinho se ajudando a si próprio.
E – Outra opção é dar a ele um ritmo. Se ele às vezes usa um movimento repetitivo qualquer para se acalmar, você pode tentar tocar levemente em seu ombro, em toques repetitivos e ritmados. Crianças com a Síndrome de autismo sentem seu corpo muito frágil aos toques. Eles imaginam seu corpo por inteiros, como estivessem vestindo roupa de linhagens de aços. Por esta razão, temos que ter muito cuidado em cota-los. O ritmo conhecido é seguro e calmante. Lembre-se que seu filho não entende o porquê você fica “zangado” e, se for tratado com agressividade, REFLETIRÁ (como num espelho) essa atitude.
Ele percebe melhor as emoções do que as palavras ou ações dos outros. “Quanto mais você “zangar” com ele, mais seu comportamento se tornará difícil”. Portanto, é de extrema importância amá-los quando falar com ele. Finalmente:
As crianças com autismo são antes de tudo... Crianças! E haverá momentos que estarão tendo comportamentos caracterizados da idade ou do seu temperamento. Nestes momentos o “velho” castigo funciona bem, desde que a criança entenda o que está acontecendo. Se não, será inútil. Cabe então aos pais desta criança autista, analisarem cada situação (em caso de dúvida, voltar para ao item nº 1).
As palavras que mudam a sua via... “O seu filho tem autismo”.
As palavras que mudam a sua vida… “O seu filho tem autismo”. Elas ligam mães de uma forma que outras pessoas não conseguem entender. Devido ao facto do autismo atravessar todas as fronteiras sociais, económicas e culturais, as mães de crianças autistas vêm de todos os países do mundo e de todos os percursos de vida.
Conheci mães no Facebook, em reuniões de apoio ao autismo e na escola. Algumas são conhecidas, e outras me sentem honrada de lhes chamar grandes amigas. Sou atingida pelo amor que elas têm pelos seus filhos e famílias, e sou continuamente inspirada por elas. Desde organizarem grupos de apoio a advogar em nome das nossas crianças, estas mulheres são apaixonadas, destemidas e uma força a ser reconhecida. Quando olho para mães de crianças autistas eu sei, é fácil ver semelhanças, apesar das suas várias diferenças. Então minhas Companheiras Mães de Crianças Autistas, aqui fica o meu top 5 de razões pelas quais somos fantásticas:
1.Temos garra Na vida, não existe mulher mais forte do que aquela que aparece para proteger a sua criança. Seja cuidados de saúde ou educação, as mães de crianças autistas são super conscientes daquilo que está a acontecer com a sua criança, seja bom ou mau. Elas são apaixonadas por ajudarem as suas crianças e por se apoiarem umas às outras. Estas “mães guerreiras”, como muitas foram chamadas, lutam por serviços, pelos direitos das suas crianças receberem uma educação adequada e terem a liberdade de tomarem decisões de saúde para as suas famílias. Elas procuram factos, a verdade e desafiam regularmente o status quo Sentem-se numa mesa com mães de crianças autistas, e vão ouvi-las contar histórias de guerra.
Nós podemos entrar em batalhas sozinhas, mas sabemos que há uma mãe algures que passou pelo mesmo e nos pode ajudar e apoiar. Através das suas vozes e conversas, vãs ouvir a devoção improvável para com as suas crianças e famílias. Estas mamãs com garra não aceitarão nem devem aceitar nada de ânimo leve no que toca ao bem-estar das suas crianças.
Então, quer concorde ou discorde sobre um tema particular com uma mãe de uma criança autista, eu dou-lhe o meu respeito. Ela trava as suas próprias batalhas. Ela vive a sua vida. Ela protege as suas crianças e a sua família. Chamem-lhe força. Chamem-lhe o que quiserem. Mas nunca subestimem uma mãe de uma criança com autismo. Nós nunca deixamos as nossas crianças desprotegidas.
2. Temos força dentro de nós
Enquanto as mães de crianças autistas se focam, muitas vezes, em como o autismo mudou as suas vidas, reconhecemos rapidamente a força que este caminho nos deu.
Dito isto, não sei se concordo com a seguinte frase, “O que não nos mata torna-nos mais fortes”. Sim, às vezes, o autismo torna as mães em pessoas mais fortes. Mas também pode fazer uma mãe sentir-se muito em baixo. O autismo tem uma forma de endurecer até as mães mais macias. Nós vivemos uma vida cheia de stress, muitas vezes num estado de “fugir ou lutar”. Mas, independentemente das emoções com que têm de lidar, as mães de crianças autistas aprendem a fazê-lo juntas e a tornarem-se mais fortes, porque isso é o que a criança precisa que nós sejamos.
As mães de crianças autistas sabem que haverá muitas batalhas pelo caminho... Com escolas, médicos, companhias de seguros, o governo, a intolerância, etc. Nunca sabemos quem poderá, direta ou indiretamente, atacar a nossa criança ou tentar magoá-la. Como soldado de batalha cansado lançamos as nossas barreiras emocionais para nos protegermos da dor.
Nós usamos o nosso escudo sem nunca saber que inimigo pode atacar amanhã. E mesmo quando ganhamos uma pequena batalha, tal como ter uma reunião fantástica, nós sabemos que a guerra não acabou. Então aproveitamos o nosso tempo com as nossas famílias e amigos, mas as guardas que nós construímos à nossa volta nunca recuam verdadeiramente. Porque sabemos que, a qualquer momento, o sapato pode cair de novo e estamos de volta à batalha, mais uma vez. É por isto que as mães de crianças autistas são muitas vezes, das mulheres mais fortes que conheço.
3. Somos Super Inteligentes
Uma vez que recebem o diagnóstico, cedo reparam que têm de ser gestoras, doutoras, advogadas e professoras, tudo numa só. Posso estar a exagerar um pouco, mas há alguma verdade na minha frase. As mães de crianças com autismo fazem muitas vezes a coordenação da equipa da criança e tomam decisões importantes diariamente.
Muitas mães são forçadas a aprender não apenas o que o autismo significa para a sua criança, mas também passam horas a ler as últimas investigações sobre o autismo. Se for suposto concordarmos com as recomendações físicas, devemos aprender sobre esses aspectos que dizem respeito aos nossos filhos.
Sentam-se num grupo de apoio a ouvir discussões sobre tratamentos biomédicos e intervenções, problemas de sono, problemas de motricidade fina, sensorial, curriculum de capacidades sociais, etc.
Quando a vossa criança entra no sistema escolar, as mães de crianças autistas tornam-se muito conscientes de precisam de começar a aprender sobre as leis que governam os sistemas educacionais. Se os pais querem assegurar que as suas crianças têm uma educação pública apropriada, aprender as bases da lei da educação especial e de como isso afecta as suas crianças é o melhor.
Algumas destas “mães-advogadas” que conheci podem estar cara-a-cara com o melhor administrador de educação especial e encontrar uma educação que seja completamente adequada à sua criança. E quando as mães de crianças com autismo não sabem o que fazer, sabe que outras mães as poderão ajudar a encontrar uma solução.
Educadas. Persistentes. Inteligentes. As mães de crianças com autismo não têm a luxúria de ser nada menos que isso. E, continuo a maravilhar-me com estas mães, que fazem tudo para ajudarem as suas crianças.
4. Nunca Tomamos nada como Garantido
A capacidade de comunicar, andar de bicicleta, dançar, comer o que se quer ou ter uma amizade. São tudo marcos e atividades que muitos pais têm como garantido. Ainda assim, pais de crianças com autismo não têm esse privilégio. Talvez a criança ande de bicicleta sozinha, ou talvez não. Com intervenção poderá aprender a criar e manter uma amizade. Ou talvez a criança não tenha amigos e nós vamos lutar para ajudar a nossas crianças em relação às capacidades sociais e amizades. Qualquer que seja o marco, pequeno ou mínimo, as mães não tomam as pequenas coisas como garantidas.
Durante a vida das nossas crianças, os marcos alcançados, tornam-se milagres a celebrar e não apenas registos na lista do médico. As mães de crianças com autismo levam um dia de cada vez e emociona-se com coisas que para os outros parecem fáceis de alcançar. Eu lembro-me de dizer à minha própria mãe, “Eu gostava que ele dissesse ‘mamã’”. Tão básica a necessidade de comunicar, mas às vezes tão remota que só conseguimos ver um pouquinho dela. E agora que o meu filho consegue dizer “mamã” várias vezes ao dia, eu sei o quão abençoado o meu filho é por ser capaz de fazer que todos os dias as pessoas visse como garantido.
Apreciação. Gratidão. Agradecimento. Na verdade nenhuma destas palavras consegue expressar o sentimento de alegria que sentimos quando os nossos filhos atingem os seus objetivos. E, talvez, isso seja a razão pela qual as mães de crianças com autismo não precisam que lhes digam para abrandarem e apreciarem as coisas.
Elas vivem o autismo e nunca esquecem que não podem ter as coisas como garantidas, elas aprendem lições diárias com os seus filhos.
5. Não temos barreiras no que toca ao Amor
As mães de crianças com autismo amam as suas crianças além das palavras. Ouvirá várias vezes mães dizerem que ainda que não gostem do autismo, amam as suas crianças. E é verdade. Não importa os comportamentos ou dificuldades, estas mulheres expressam abertamente o seu amor profundo de serem mães e o quanto amam a sua criança com autismo.
As mães de crianças autistas muitas vezes passam por grandes sacrifícios emocionais e financeiros para poderem ajudar os seus filhos a fazerem progressos. Sabemos que não há muito espaço para erros. As nossas crianças estão já a começar em desvantagem, por isso muitas vezes sentimos uma necessidade esmagadora de conseguir fazer tudo bem à primeira tentativa.
As mães de crianças autistas sabem aceitar as suas crianças por aquilo que elas são sem nunca parar de ajudá-las a atingir os seus objetivos. O amor é verdadeiramente paciente e carinhoso e não há barreiras ou condições.
Continue lendo.
Amor é... Criar uma criança com autismo. Mães com uma Causa
O mais engraçado em relação a este artigo é que foi feito especialmente para o dia da Mãe. Mas tipicamente, o mês de Maio é recheado com o fim das atividades anuais dos meus filhos... Então não consegui fazê-lo a tempo. E enquanto este tributo às mães de crianças autistas está uns meses atrasado, estas mães deveriam saber o quão especial são durante todo o ano.
Muitas mães de crianças autistas enfrentam desafios todos os meses com graça e apoiam-se umas às outras de uma forma que eu nunca tinha visto. Quando uma de nós cai, como às vezes acontecem, estas mulheres estão aí para pegar em cada uma de nós, abanar-nos e colocar-nos de novo no nosso caminho.
Não há forma de descrever esta irmandade de autismo, mas sinto que nós estamos todas mudadas pelo diagnóstico. Estamos melhores? Talvez sim, talvez não... Dependendo do dia ou da pessoa com quem falamos. Às vezes somos fortes. Às vezes quebramos. Somos lutadoras e protetoras das nossas famílias e crianças. Resumindo, as mães de crianças com autismo inspiram-me a ser uma pessoa melhor… a tentar fazer do mundo um lugar melhor para as nossas crianças. A continuar a lutar.
A ultrapassar mais um dia, mês, ano. Sempre que me sinto um pouco triste, facilmente encontro outra mãe a criar uma criança autista que me consegue mostrar a “força”. Ela consegue mostrar-me o caminho para me ajudar a travar mais uma batalha. Ela consegue levantar o meu espírito e mostrar-me a compreensão que apenas uma mãe de uma criança autista consegue. Sim, elas são, de facto, fantásticas!
*Setembro pode ser um mês difícil para pais de crianças que têm autismo e estão a começar a escola... Então, se conhece uma mãe de criança autista com a qual se preocupa, passe-lhe este artigo para relembrá-la do quanto ela é especial! Não precisa de ser Maio para celebrar o facto ser Mãe. J
Escrito por Kymberly Grosso em Autism in Real Life Traduzido de: http://www.psychologytoday.com/blog/autism-in-real-life/201108/5-reasons-why-autism-moms-rock.
ASSISTIR UM FILME DE ANIMAÇÃO
Ah, as férias de Natal! Refeições especiais. Encontros familiares especiais. E, claro, nossas crianças especiais! Muitas vezes, entramos nas férias, esperando o melhor - mas não dedicamos o tempo suficiente antes para nos certificarmos que este tempo de celebração realmente será uma celebração para nós e para nossos filhos "especiais". Muitos de nós parecem participantes inconscientes em pelo menos, uma destas situações que normalmente ocorrem durante a época festiva.
A maioria fica em sobressalto quando o nosso filho especial está a ter colapsos a mais. Quando os membros da família parecem desconfortáveis ou perdidos. Ou quando nós nos sentimos estressados ou esgotados. Podemos culpar a agitação das férias, mas, na realidade, não são as férias que causam esta dificuldade, são as armadilhas em que inequivocamente acabamos por cair. E esta é uma grande notícia, porque significa, que os nossos desafios são evitáveis!
Repare agora nos 10 mais frequentes razões pelas quais entramos em stress durante as férias e veja como evita-las. Estará agradecendo-se a partir de agora até o Ano Novo!
1.   Parar as estereotipias do seu filho ("ismos")
Dada à mudança de rotina nas férias, este é o momento mais importante para que os nossos filhos tenham permissão para autorregular e lidar com o ambiente. Sabemos que os ismos são de extrema importância para os nossos filhos e para o seu sistema nervoso. O ideal, obviamente, seria podermos juntar-nos aos ismos dos nossos filhos. Mas, mesmo durante as férias, quando não somos capazes de nos juntar aos seus comportamentos repetitivos, podemos deixar os nossos filhos faze-lo livremente. E quando fazemos isso, todos ganham!
2.   Alimentação do seu filho!
Sim, são as férias de Natal. Doçarias, todo tipo de comida cheia de glúten e caseína, alimentos em abundância. Pode ser tentador permitir que nossos filhos participem neste festim de comidas. Poderíamos pensar que será mais fácil deixar que eles comam apenas desta vez. Deixem-me assegurar-vos: não vai ser mais fácil! Há uma série de alimentos que sabemos que não vão ser devidamente processados pelas nossas crianças.
Sim, nos primeiros minutos parece que, se permitirmos que comam de tudo, será mais fácil. Mas poucos minutos depois... Vemos que não é assim!! As crises, o excesso de comida que comem os comportamentos desafiadores as diarreias ou obstipação com que ficarão depois, não valerá a pena. Decidir por antecipação, manter estes alimentos longe de nossos filhos ou - melhor ainda - não tê-los de todo fará a experiência das férias, um milhão de vezes mais fácil.
3.   Surpreender o seu filho
Às vezes, podemos estar tão ocupados a planear e a preparar um passeio (por exemplo, ida a casa da avô) ou uma atividade (por exemplo, fazer a árvore de Natal) que nos esquecemos de avisar um participante crucial: nosso filho especial. Embora a nossa intenção seja de não surpreender o nosso filho, isto é muitas vezes o que acontece quando vamos para um passeio ou iniciamos uma atividade pois não explicamos tudo o que vai acontecer com a devida antecedência.
Mesmo para os nossos filhos não verbais, explicar com antecedência o que vai acontecer e que vai ser divertido para eles, minimizará muitos acessos de raiva e maximizará a cooperação.
4.   Dar alternativas
É muito comum festejarmos esta época festiva em casa de familiares. Por norma, esperamos que tudo corra da melhor forma, e pensamos que infelizmente não temos muito controle sobre o assunto, que apenas dependerá da predisposição do nosso filho. Mas a verdade é que, NÓS temos o controlo! Mas o que fazemos! Podemos designar, com antecedência, uma sala calma ou espaço onde o nosso filho pode ir descomprimir e acalmar, pois nestas alturas o excesso de estímulos sensoriais existentes é sobre estimulante para eles. De vez em quando, pode realmente ajudar levarmos o nosso filho para esta sala e passar algum tempo com ele/ela.
5.   Focarem para comportamentos desafiadores
Por norma, e maioritariamente, reagimos mal quando os nossos filhos se comportam de uma maneira desafiadora. Preocupamo-nos com isso, olhamos para ele, e tentamos impedi-lo assim que acontece. Ironicamente, isso coloca todo o foco sobre o que NÃO queremos dos nossos filhos. Se não queremos que nossos filhos batam, por exemplo, com foco em "não bater" pode realmente originar mais bater. Em vez disso, podemos celebrar cada vez que as nossas crianças façam algo que nós queremos. Se tivermos uma criança que às vezes bate, pode fazer uma enorme diferença procurar ativamente qualquer momento em que o nosso filho é carinhoso e meigo e festejar loucamente!
6.   Dar um presente muito estimulante
Claro, temos muito prazer no momento de dar presentes aos nossos filhos. Mas quando se trata das nossas crianças especiais, queremos ser especialmente conscientes relativamente ao tipo de presente que vamos dar. Se dermos um presente com luzes a piscar e que emite um sinal sonoro alto, estamos "a pedir" um comportamento desafiador mais tarde. Devemos perder algum tempo e avaliar com sinceridade se o presente que estamos a pensar dar não terá estímulos a mais que contribuirão para um excesso de estimulação dos nossos filhos que são já tão sensíveis a nível sensoriais.
7.   Deixando nossas crianças fora do processo de Dar
Nós pensamos sempre no nosso filho especial ao comprar presentes. Mas pensamos na nossa criança especial como um doador potencial de presentes? Pensar noutras pessoas - o que eles querem o que poderíamos fazer por eles - é um elemento essencial da socialização que queremos que nossos filhos aprendam. As férias natalícias proporcionam a oportunidade perfeita para isso! Podemos, com antecedência, estar com o nosso filho especial e ajudá-lo a criar algo para uma ou mais das pessoas especiais na sua vida. (Estes presentes e atividades podem variar de muito simples a mais complexas, dependendo do nível de desenvolvimento do nosso filho.) Então, no dia de dar presentes, podemos convidar nossa criança especial para entregar (o melhor que ele ou ela pode) todos os presentes que ele ou ela fez.
8.   Esperar que a sua família "entenda"
Muitos de nós, às vezes, sentimo-nos frustrados com alguns membros da nossa família por não serem mais compreensivos e sensíveis quando se trata do nosso filho especial. Mas, lembre-se, se os membros da nossa família não vivem com o nosso filho, eles não vão "entender". Ao levarmos as nossas crianças especiais a casa de familiares para as comemorações natalícias ou para uma visita, podemos, antes de ir, enviar e-mails a explicar o que eles podem fazer para tornar a visita mais agradável para nós e nossos filhos. Podemos aproveitar esta oportunidade para explicar porque é que súbitos ruídos altos podem ser problemáticos, ou dizer a todos a resposta a nossa criança gosta de ouvir quando ele ou ela faz a mesma pergunta repetidamente. Desta forma, podemos preparar tudo a favor do nosso filho.
9.   Pensar que as atividades precisam acontecer fora de sua casa
Sabemos que as crianças do espectro do autismo fazem sempre melhor quando não estão sobre estimulados por as muitas atrações, sons, cheiros e eventos imprevisíveis do mundo exterior. Assim, podemos criar experiências nas nossas casas que normalmente acontecem no exterior. Por exemplo, em vez de ir a um desfile de natal com um festival de luzes, podemos colocar luzes de Natal à volta da casa, desligar todas as luzes, e por tocá-la música de Natal num volume que o seu filho suporte. Muitos se preocupam com o fato de estarem a privar estas crianças de experiências Natalícias divertidas, mas tenha em atenção que, de qualquer forma, quando os nossos filhos não conseguem digerir a experiência, eles não estão a ter a experiência divertida que queremos para eles. É por isso que, se nós pudermos criar uma versão de fácil digestão da atividade dentro de casa, as nossas crianças podem realmente desfrutar da experiência. Assim, na verdade estamos a dar aos nossos filhos mais, e não menos.
10.       Ver o embrulho em vez do presente
Muitas vezes, ficamos presos nos acessórios das festas - a árvore, os presentes, os passeios que tem que ser feitos exatamente como planeados. Não há problema em arranjar coisas divertidas, mas lembre-se que estes são apenas enfeites. Eles não são o presente, eles são apenas o embrulho. O presente é nosso filho especial. O presente é a partilha calorosa com as pessoas que amamos. Em vez de usar as férias como um festival de planeamento, podemos usá-lo para ver a beleza na singularidade do nosso filho, para celebrar o que a nossa criança pode fazer, e sentir e incentivar a compaixão pela forma diferente com que a nossa criança vivencia o mundo.
Um resumo dos sintomas que podem indicar que uma criança seja autista:
·        Acentuada falta de reconhecimento da existência ou dos sentimentos dos demais,
·         Ausência de busca de consolo em momentos de aflição,
·         Ausência de capacidade de imitação,
·         Ausência de relação social,
·         Ausência de vias de comunicação adequadas,
·         Anormalidade na comunicação não verbal,
·         Ausência de atividade imaginativa, como brincar de ser adulto,
·         Marcada anomalia na emissão da linguagem com afetação,
·         Anomalia na forma e conteúdo da linguagem,
·         Movimentos corporais estereotipados,
·         Preocupação persistente por parte de objetos,
·         Intensa aflição em aspectos insignificantes do ambiente,
·         Insistência irracional em seguir rotinas com todos seus detalhes,
·         Limitação marcada de interesses, com concentração em um interesse particular.
- Características comuns
·         Não estabelece contado com os olhos,
·         Parece surdo,
·    Pode começar a desenvolver a linguagem, mas repentinamente isso é completamente interrompido sem retorno,
·      Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
·      Ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
·      É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
·      Ao invés de explorar o ambiente e as novidades restringe-se e fixa-se em poucas coisas,
·      Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
·       Cheira ou lambe os brinquedos,
· Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente.
Pode-se curar o autismo existe tratamento?
O autismo não tem cura. É uma síndrome que definiu, em 1943, um psiquiatra de origem austríaco chamado Leo Kanner. Hoje em dia, 50 anos depois, ainda não se conhecem as causas que originam essa grave dificuldade para relacionar-se. A educação especial é o tratamento fundamental e pode dar-se na escola específica ou na dedicação muito individualizada.
Pode-se recorrer à psicoterapia ainda que os resultados sejam escassos devido a que o déficit cognitivo e da linguagem dificultam a terapêutica. O apoio familiar é de grande utilidade. Os pais devem saber que a alteração autista não é um transtorno relacional afetivo de criança.
Deve-se considerar também o tratamento farmacológico, que deverá ser indicado por um médico especialista. Para o autismo não há propriamente um tratamento, o que há é um treinamento para o desenvolvimento de uma vida tão independente quanto possível. Basicamente a técnica mais usada é a comportamental, além dela, programas de orientação aos pais.
- Manifestações sociais
Muitas vezes o início é normal, quando bebê estabelece contato visual, agarra um dedo, olha na direção de onde vem uma voz e até sorri. Contudo, outras crianças apresentam desde o início as manifestações do autismo.
A mais simples troca de afeto é muito difícil, como, por exemplo, o próprio olhar nos olhos que é uma das primeiras formas de estabelecimento de contato afetivo. Toda manifestação de afeto é ignorada, os abraços são simplesmente permitidos, mas não correspondidos. Não há manifestações de desagrado quando os pais saem ou alegria quando volta para casa.
As crianças com autismo levam mais tempo para aprenderem o que os outros sentem ou pensam, como, por exemplo, saber que a outra pessoa está satisfeita porque deu um sorriso ou pela sua expressão ou gesticulação. Além da dificuldade de interação social, comportamentos agressivos são comuns especialmente quando estão em ambientes estranhos ou quando se sentem frustradas.
Pessoas famosas que têm ou tiveram filhos autistas:
·         Jenny McCarthy,
·         Gary Cole,
·         Toni Braxton,
·         Ed Asner,
·         Aidan Quinn,
·         Joe Mantegna,
·         Doug Flutie,
·         John Travolta,
·         Sylvester Stallone,
·         Dan Marino,
·         Myron Cope,
·         Richard Burton;
Links:
Associação dos Amigos dos Autistas – Auma,
Fonte de imagens:

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