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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Autismo: a educação é o melhor tratamento (Ótima campanha!).

No último dia 06 de Agosto, a TreeHouse, entidade Britânica dedicada à educação de crianças com a Síndrome de autismo, lançou uma campanha de sensibilidade para a importância do tratamento precoce para crianças com autismo. A campanha inclui três diferentes imagens que mostram os desafios enfrentados pelas famílias com crianças autistas em situações cotidianas.
Todas as peças trazem a seguinte mensagem de alerta: “Quanto mais tempo uma criança com autismo fica sem ajuda, mais difícil ficar para ela chegar até nós.” A campanha é composta por 300 cartazes de mídia externa (veja abaixo) que foram espalhados por toda a Inglaterra, Escócia e País de Gales durante o mês de Agosto e anúncios também serão veiculados nos principais veículos de comunicação desses países.
A TreeHouse acredita que através de uma educação adequada é possível sim, transformar a vida dos jovens com a Síndrome de autismo e as vidas de suas famílias. O Site da campanha oferece às famílias informações úteis sobre a relação entre o autismo e a educação, além de oferecer oportunidade das famílias conectarem-nas com outras famílias afetadas pelo autismo.
Autismo:
O autismo, como todos nós sabemos até hoje é uma desordem global de desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade da pessoa, independente de qualquer idade de se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente – segundo as normas que regulam estas respostas. Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intacta, outras apresentam importantes retardos no desenvolvimento da linguagem.
Algumas parecem com aspectos fechados e distantes, outras, presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de Espectro Autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu    “mundo próprio” interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade.
Se, por exemplo, uma criança autista ficar isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo, é porque simplesmente ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.
Outro mito bastante comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe nenhuma). A dificuldade de comunicação, em alguns casos, está realmente presente, mas como dito acima nem todos são assim: é difícil definir se uma pessoa tem retardo mental se nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente.
                  A educação com amor, faz aproximação
                        Tudo faz a diferença valer apena
Atividade Física ajuda no tratamento do autismo
As tardes de terça e quinta-feira têm sido especiais para as crianças com autismo em Juiz de Fora. O Gime criou há dois meses o projeto “Atividade Física para autistas”, idealizado pela professora Eliana Ferreira, no intuito de dar suporte às crianças com autismo, proporcionando a prática de atividades físicas, para o desenvolvimento das habilidades motoras e também como um espaço de socialização e interação.
Todos os participantes têm o acompanhamento de professores e a supervisão dos pais. Meninos e meninas que antes não tinham opção agora ganham mais um espaço para interagir e desenvolver atividades saudáveis em Juiz de Fora.
A principal característica do autista é a inabilidade em se relacionar e se comunicar com outras pessoas, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Não existe medicação e nem tratamento específicos para o transtorno autista. O sucesso do tratamento depende exclusivamente do empenho e qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento destes indivíduos.
O Projeto
Arthur, Pedro Paulo e outras crianças com idade entre três e nove anos, vão à Faculdade de Educação Física, duas vezes por semana, acompanhadas de seus pais, para a prática de atividades físicas, entre elas ginástica, circuitos, caminhadas, que são sugeridas e acompanhadas pela professora Flávia Alves, responsável pelo projeto, e também pela bolsista Inara Silva e a voluntária Verônica Barreto.
“Eu me prontifiquei a participar do projeto, porque acredito no trabalho. Aqui buscamos uma ligação afetuosa com a criança para desenvolvermos a socialização”, esclarece a professora Flávia Alves.
O apoio e incentivo dos familiares são fundamentais para todas as crianças, mais ainda para autistas. Um dos objetivos do tratamento para o autismo é ajudar as famílias a lidarem com ele, entendendo que seus filhos têm algumas limitações, mas não são limitados.
Dentro dessa visão, na “Atividade Física para autistas”, os pais, além de observarem seus filhos, participam de algumas atividades. “Eles amam… Ficam mais animados do que quando vão para a escola. Damos continuidade em casa, a família é fundamenta”, diz Fabíola Torres, mãe de Bruno e Arthur, participantes do projeto.
Resultados e metas
Mesmo com o pouco tempo de funcionamento, já é possível notar resultados positivos desse trabalho. Crianças que no início não subiam sozinhas em nenhuma altura, hoje pulam na cama elástica, demonstrando uma melhora não só no equilíbrio, mas também em autoestima. “A atividade melhorou muito a autoestima dele… A ideia de tratamento é negativa, aqui não, ele se sente como um atleta está mais solto e gosta muito. Até contou para os amiguinhos na escola”, comenta Raquel Reis, mãe de Pedro Paulo que estava com subnutrição quando entrou no projeto e já engordou dois quilos.
Nova lei beneficia 20 mil autistas no Amazonas
Entre seus benefícios ela prevê a criação e manutenção de unidades específicas para atendimento integrado de saúde e educação. Um dos pontos da nova lei inclui a realização de diagnóstico precoce do transtorno, ou seja, já entre 14 e 36 meses de idade.
No Amazonas, cerca de 20 mil pessoas que sofrem de transtorno evasivo do desenvolvimento, mais conhecido como autismo, passam a usufruir de benefícios previstos nos artigos 244 e 248 da Constituição do Estado, que são destinados aos portadores de deficiência, em virtude da aprovação do Projeto de Lei 02/2011.
A proposta legislativa, de autoria do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), Ricardo Nicolau (PRP), recebeu parecer favorável das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças Públicas; e de Saúde, Previdência, Assistência Social e Trabalho, além de ser aprovada, por unanimidade, pelos 14 deputados que estiveram presentes nesta quinta-feira (24), no plenário da ALE-AM.
A nova lei prevê a criação e manutenção de unidades específicas para atendimento integrado de saúde e educação, especializados no tratamento de pessoas deficientes, dentre eles, os portadores de autismo.
Outro ponto inclui a realização de diagnóstico precoce do transtorno, ou seja, já entre 14 e 36 meses de idade, para que haja intervenção na adaptação e no ensino do portador de autismo, bem como sistematizar treinamento para médicos do sistema público de saúde, a fim de que este dia gnóstico seja o mais rápido e eficiente possível.
Tratamentos previstos.
O projeto de Lei aprovado pela Assembleia também prevê a disponibilização de todo o tratamento especializado para os portadores de autismo, entre os quais: fonoaudiologia, aprendizado.
- através de aplicação de metodologias e atividades de natureza pedagógica especializada, com assistência terapêutica, se necessário.
- psicoterapia comportamental (psicologia), acompanhamento com psicofarmacologia (psiquiatria infantil); capacitação motora (fisioterapia); diagnóstico físico constante (neurologia); métodos aplicados ao comportamento (Aba, Teacch, Sonrise e outros); educação física adaptada; e músico terapia. Fonte dos recursos.
A obrigação do Estado poderá ser cumprida diretamente, através de convênios ou de parcerias com a iniciativa privada e sempre em unidades dissociadas das destinadas a atender pessoas com distúrbios mentais genéricos. Os recursos necessários para atender os serviços apresentados na lei serão provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Associação e logica a iniciativa para o presidente da Associação dos Amigos dos Autistas do Amazonas (AMA-AM), Edmando Saunier de Albuquerque, que é pai de um portador do transtorno, a iniciativa da ALE-AM é louvável e beneficia as entidades e instituições de apoio ao autismo no Estado. “Com a inclusão legal dos autistas entre a categoria de pessoas portadoras de deficiência, é possível buscar apoio e suporte financeiro através de convênios com o governo e a iniciativa privada”.
“Isso é um grande passo para a nossa causa, visto que o autismo é um problema que aflige não só os portadores, mas também suas famílias”. O autor do projeto, deputado estadual Ricardo Nicolau (PRP), disse que a ideia da proposta de lei ocorreu ano passado, quando foi procurado por pais de portadores do transtorno, que solicitaram que a ALE fizesse uma lei que possibilitasse a aquisição de benefícios semelhantes aos dos portadores de necessidades especiais. “Fico feliz com a postura do parlamento, que entendeu a profundidade, a abrangência e a importância da Lei”.
Âmbito municipal Manaus é a terceira capital do País a incluir autistas entre portadores de deficiência. As demais são Salvador e São Paulo. Um decreto de lei aprovado pela Câmara Municipal no dia 26 de agosto de 2010, além do reconhecimento, estabelece necessidade da adoção de políticas públicas pelo município voltadas ao portador. 
Eles podem ter cota na UEAA Universidade do Estado do Amazonas (UEA) poderá ter cota para portadores de deficiência no vestibular se o requerimento apresentado pelo deputado estadual Adjunto Afonso (PP) na ALE-AM - que indica ao Governo do Estado a alteração da Lei Estadual de nº 2.894/04, que dispõe sobre vagas oferecidas em vestibulares pela UEA-fora provado.
A indicação, segundo o parlamentar, visa estender os mesmos benefícios às pessoas portadoras de deficiência nos termos da legislação. Ele informou que esse público vive à margem do processo educacional e, portanto, terá a oportunidade de ingressar na vida acadêmica. “O portador de deficiência física possui inúmeras limitações que o impedem de desempenhar atividades na vida e no trabalho”.
Suas dificuldades vão além das questões de mobilidade e inclusão no mercado de trabalho. “Por este motivo, necessitam da ação política do poder público, no sentido de se promover a efetivação dos instrumentos legais já existentes”. De acordo com informações da Associação de Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), aproximadamente 15% da população do Amazonas apresenta algum tipo de deficiência.
Na UEA, 80% das vagas são reservadas para alunos de escola pública, interior ano se indígenas. “Caberá ao Estado destinar o número de vagas oferecidas aos portadores de necessidades especiais”.
Tenho certeza “que o governador Omar Aziz atenderá esse pedido”, ressaltou Afonso. http://acritica.uol.com.br/noticias/lei-beneficia-autistas Amazonas_0_433756627. HTML
Cuidadores de Autistas! Estado pagará atendimento! Defensoria confirma! – 22 de Agosto de 2012.
Antônio já pode aprontar a mochila. Uma criança sem tratamento, uma mãe desesperada e uma burocracia sem fim. Esta é a situação que Antônio Carlos Louveira de Araújo, 12 anos, enfrenta. Diagnosticado autista aos três anos, o menino conta com a garra da mãe, a dona de casa Marta Eliana de Araújo, 39 anos. Desde o ano passado. Ela procura um centro terapêutico para o filho, que já regrediu em fruição (alguém desfrutou de alguma coisa de algum bem) da ausência de tratamento.
 Para ver a alegria no rosto do guri, a moradora da Vila Nazaré, em 2010, decidiu encaminhar o procedimento via particular no Ceate (Centro Especializado em Atendimento Terapêutico Educacional). Na época, a família pagava R$ 1,4 mil mensais e a mãe trabalhavam como vendedora. Por dois anos, conseguiu manter a situação e viu a evolução do filho. No entanto, não teve condições financeiras de continuar.
Situação se arrasta desde maio 
- Até tentei colocá-lo em uma escola com atendimento especial, mas, por mais atenciosos que eles fossem não funcionou - lamenta a mãe.
O Diário Gaúcho, em maio, relatou a situação vivida pela mãe e pelo filho. A Secretaria Estadual da Saúde, à época, afirmou que o SUS não contempla em seus serviços especializados as áreas combinadas de saúde e educação. A informação era que as pessoas com deficiência intelectual e as com autismo são atendidas nas APAES. Ainda foi esclarecido que o SUS não poderia pagar o tratamento no Create (não consegue criar um Arquivo único).
Mãe nunca deixou de lutar pelo filho
Após o contato do DG com a Secretaria Estadual da Educação, que garantiu não poder informar nada sobre alunos e professores da rede pública, uma profissional da secretaria entrou em contato com Mansa, oferecendo uma vaga em uma escola especial. A mãe afirma ter explicado que o filho não se adapta a esse tipo de proce-dimerito.
- Estou desesperada, não sei mais o que fazer. A minha advogada disse que já foi dado ganho de causa para mim - desabafou Marisa, antes de saber que a boa notícia, tão esperada, estava próxima.
Ela contou que precisa esconder do filho a mochila, tal a vontade do garoto de frequentar uma escola.
Justiça garante escola
A defensora pública Marta Beatriz Tedesco Zanchi, encarregada do caso de Antônio, foi à portadora da boa notícia para mãe e filho. A Justiça deferiu e está garantida a verba para o menino frequentar uma escola particular. Na sexta-feira, segundo a advogada, vencido o prazo burocrático necessário, o dinheiro estará disponibilizado. 1ª causa, a ser conquistado.
Eu considero de muita importância, pais ensinarem algum ofício regularmente ao filho que tem autismo, pode ser artes, pintura, como o caso do meu filho Filipe, ou música, esporte, artesanato, outros...
Por quê? Porque estas habilidades ajudam a criança ter estimulações extras sensoriais.
Eles não podem reunir muitas informações ou ter percepções no ambiente em que vivem ou na escola e na rua, como as crianças normais fazem normalmente, por causa das dificuldades do seu desenvolvimento. Por isso ensinar com muita paciência, qualquer oficio que os pais percebam que a criança gosta, vai lhes dar esta chance de ter estas percepções.
Com isso os pais vão adicionar, mais uma entrada sensorial. Sem contar que se esta entrada for um oficio que ele goste isto vai lhes dar mais calma e serenidade, além de se sentirem mais capazes. Quando eu elogio e beijo Filipe enquanto ele esta desenhando ou pintando, noto a satisfação e alegria que isto faz para ele.
Muitas vezes os professores ensinam arte na escola ate 5-6 anos depois vão parando... Mas isto é uma atividade para a vida toda, como observei no meu caso que tenho um filho com autismo já adulto. Agora mesmo é que ele precisa destas atividades.
A estimulação sensorial precisa continuar. Porque ele não tem uma vida social como os rapazes da mesma idade, ocupados com tantas coisas. E também por que: A voz de Filipe para o mundo está na sua arte. É ela que faz a comunicação dele com o mundo.
Esta entrada sensorial fornecida pelas artes de Filipe me acredita o tem ajudado a suportar a sua condição. Isso o tornou mais feliz. Nada é impossível na arte, nela não há o certo ou o errado, pequeno, grande, feio, bonito, garatujas, rabiscos e apenas cobrir é arte. Então a gente compreende que para ela não há limite. Conheço uma autista na internet, que ficou famosa pintando com os dedos. Nem usou o pincel, fez o que ela sentiu vontade de fazer.
Esta é a principal motivação, se sentir livre para poder soltar a arte que tem dentro de si, sem se preocupar se o outro vai gostar ou não. Importante é usar os recursos que possui, do jeito que quer e imagina se gosta de pintar com dedo, pé, braço, com luva, com pincel, brocha, algodão, borracha, prancha, até com cartão de credito usado já vi. Pode e deve Tudo vale, tudo é permitido.
Consulte uma arte terapeuta para ajudar nesta questão. Enquanto eles estiverem entretidos com ofício, com o que estão fazendo, não estarão fazendo estereotipias, caretas, chupando o dedo, balançando a cabeça. Este é um quadro pintado por Filipe, esta decorando o quarto de hospedes da minha casa.
Tenho certeza de que quando ele vê o quadro, compreende o quanto o amamos e damos valor para o que ele faz. Isso o incentiva, e fortalece suas estruturas interiores. Eu orei muito ao Meu Deus Todo Poderoso que me ajudasse com Filipe e Ele lhe deu arte. A arte para ser feliz.
E o que Meu Deus Todo Poderoso fala para mim tá falado e pronto, vou seguindo, vou lutando, mesmo sem apoio porque o mais importante para mim é que meu filho seja feliz, nem seja com pouca coisa. Às vezes o pouco se torna muito, se torna tudo. E vamos caminhando... Abraços a todos!

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