02 D E A B R I L

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Cura do autismo mais próxima?

O controle do autismo, problema que se caracteriza pela difusão no desenvolvimento psiconeurológico, social e linguístico, pode estar próximo. Cientistas estão testando uma droga capaz de “tratar” a Síndrome que atinge cerca de 70 a 90milhões de pessoas em todo mundo, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). A previsão é do biólogo brasileiro e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, o senhor Alysson Moutri.
Uma das principais autoridades no estudo do autismo no mundo. O senhor Alysson Moutri, publicou um artigo na Revista Científica “Cell”, em que demonstra como ele e sua equipe, conseguiram consertar neurônios afetados pela Síndrome de Rett, uma das formas graves de autismo e que provoca várias aplicações neurológicas.
A solução para o Rett, veio por meio de uma droga que amplia a presença de insulina nas células doentes. O trabalho de Alysson Moutri repercutiu no mundo Acadêmico e lançou esperança de que seria possível, como mesmo fármaco, tratar outras formas de autismo. Segundo o pesquisador, há muita semelhança entre os neurônios afetados pela Síndrome de Rett e pelo autismo. As células em ambos os casos, têm morfologias semelhantes.
“Exemplo: “São” células menores, com arborizações e número de sinapses (conexões) reduzidas”, explicou o senhor Alysson Moutri ao repórter Guilherme Voitch de O Globo. O medicamento desenvolvido para controlar Rett, já vem testado por outras arvore que serve de ipês de pesquisadores em pacientes comprometidos pelo autista nos Estados Unidos da América (EUA) e na Itália.
De acordo com Alysson Moutri, o medicamento se mostrou eficaz em laboratório, mas ninguém pode garantir agora que aja recuperação no cérebro de pessoas afetadas pelo autismo, e afirmou que fármaco precisa ser aprimorado. Ainda são necessários teste de avaliações e ensaios de toxicidade.
Brasil pode entrar para a vanguarda na luta contra o autismo.
BRASÍLIA - Um projeto de lei prestes a tramitar no Senado poderá colocar o Brasil na vanguarda da luta contra o autismo. O texto, elaborado por diversas entidades ligadas à causa, prevê a criação do Sistema Nacional Integrado de Atendimento à Pessoa Autista.
Se aprovada, a legislação será uma das primeiras no mundo a priorizar o autismo como caso de saúde pública em nível nacional, incluindo a capacitação de profissionais de saúde, a criação de centros de atendimento especializado e a inclusão do autista no hall das pessoas portadoras de deficiência, além de criar um cadastro nacional. No Brasil não há dados oficiais sobre a quantidade de portadores da síndrome, considerada epidêmica nos EUA.
Um acordo feito no âmbito da Comissão de Direitos Humanos do Senado garante a relatoria ao senador Paulo Paim (PT-RS), que, de antemão, já garantiu parecer favorável à aprovação do texto. A abordagem será suprapartidária e espero que o projeto tramite já este mês – diz Paim. Drama O drama pelo qual passam os pais de autistas, na maioria das vezes sem diagnóstico precoce e tratamento adequado para seus filhos, não é uma exclusividade brasileira.
Recentes descobertas de um grupo de médicos e bioquímicos americanos, todos eles pais de autistas, têm causado polêmica e espantado uma parte da comunidade científica mais tradicional, a partir de evidências de que, ao contrário do que se pensava, o autismo não seria um mero transtorno mental, mas resultado de uma grave intoxicação, seja pela ingestão de alimentos contaminados com agrotóxicos, ou mesmo por substâncias químicas, incluindo metais pesados, que podem entrar no organismo das crianças por meio de diversos fatores, incluindo pelo uso de determinados medicamentos.
A nova abordagem a respeito do autismo assombra a indústria farmacêutica e divide a opinião de profissionais de saúde.
Semana passada, numa conferência em Brasília, médicos e cientistas brasileiros e americanos foram praticamente unânimes ao reforçar a nova tese. Segundo eles, os autistas têm muita dificuldade de eliminar toxinas do organismo, e a situação seria agravada por uma disfunção gastrointestinal que facilita a absorção de toxinas pelo intestino, fazendo com que as mesmas entrem na corrente sanguínea e chegue ao cérebro, o que justificaria o comportamento autístico.
A boa notícia é que a nova abordagem diagnóstica levou a novos tipos de tratamentos, de caráter multidisciplinar, e que vêm obtendo resultados bastante animadores. A terapia é baseada em dietas alimentares específicas, prática de terapias comportamentais, suplementação vitamínica e fortalecimento da flora intestinal. Como resultado, muitas crianças que antes sequer olhavam nos olhos dos pais, ou mesmo pareciam ser surdas devido à total falta de interação com o mundo, hoje conseguem falar, olhar nos olhos e demonstrar afeto. A adoção de tratamentos baseados neste novo tipo de abordagem está prevista no projeto de lei que chegará ao Senado.
Lado sombrio.
O médico brasileiro Eduardo Almeida, doutor em saúde coletiva pela UERJ e um dos que se empenham nas novas pesquisas sobre a síndrome, considera o autismo “o lado sombrio da medicina acadêmica” e defenderam, durante sua palestra em Brasília, mudanças radicais na forma como a medicina tradicional aborda a questão.
– Estamos numa espécie de encruzilhada da medicina alopática – analisou Almeida. O professor emérito de química e bioquímica da Universidade de Kentucky (EUA) Boyd Haley também defende a tese segundo a qual o autismo tem muito a ver com uma intoxicação por substâncias como os metais pesados, principalmente o mercúrio.
Durante a conferência, ele apresentou estudos feitos nos EUA que reforçam a tese. Abordagem holística traz melhora a crianças Em geral, médicos e outros profissionais de saúde que aderem às novas teses sobre diagnóstico e tratamento de autismo são pais de crianças que sofrem da síndrome. Ao não encontrarem solução na medicina tradicional, eles iniciam pesquisas por conta própria, e formam grupos cada vez mais coesos que defendem abordagens holísticas, incorporando ao tratamento aspectos da biomedicina e medicina ortomolecular, além de terapias comportamentais, dietas restritivas e a administração de suplementos.
A dentista Josélia Louback, 38 anos, mãe de um menino autista de seis (6), comemora as conquistas do filho. Segundo ela, Arthur só começou a melhorar depois do novo tratamento. Ele teve ganhado de concentração e melhorou muito seu comportamento – garante. Nos exames de seu filho foram encontradas grandes quantidades de metais pesados como cádmio, alumínio e bismuto.
Aflita também com a possibilidade de contaminação da criança por mercúrio (por não ser excretado, o metal não é detectado nos exames), Josélia teme que os anos em que passou manipulando a substância em seu consultório, confeccionando amálgama dentário, tenham contribuído para a contaminação de seu filho.
A bióloga Eloah Antunes, presidente da Associação em Defesa do Autista (www.adefa.com.br), também vê melhoras significativas em seu filho, Luan, de oito (8) anos. Eloah foi uma das pioneiras na adoção dos novos tratamentos relacionados ao autismo. O diagnóstico da síndrome foi dado por ela mesma – posteriormente confirmado por um pediatra – depois que vários médicos descartaram após sibilidade. – Infelizmente, a medicina acadêmica ainda sabe pouco a respeito do autismo. – reclama Eloah.
– Aprendi muito sobre a síndrome pela internet, mantendo contato com profissionais nos EUA, pais de autistas que também se rebelaram contra os médicos tradicionais de lá. (P.M.V.) “A dieta correta significa 60% da recuperação”.
A analista de sistemas equatoriana Andrea La lama jamais havia pensado em ser homeopata. Radicada nos Estados Unidos, ela se casou e teve dois filhos, ambos autistas. A falta de médicos capazes de tratar adequadamente seu primeiro filho a fez se inscrever num curso de homeopatia e pesquisar, praticamente por conta própria, uma forma eficaz de tratamento.
Hoje, aos oito (8) anos, seu filho mais velho apresenta traços mínimos do espectro autista, e a mais nova é considerada uma criança normal. Andrea agora vive rodeada por pais de autistas, muitos deles médicos, que buscam sua consultoria. A homeopata é uma das vozes mais ativas dos Estados Unidos em prol da adoção e do reconhecimento dos novos diagnósticos e tratamentos para o autismo que, segundo ela, a medicina tradicional se recusa a reconhecer.

Como estão seus filhos? Estão muito bem. Meu segundo filho não tem mais traços de autismo. Meu primeiro tem alguns traços, mas são mínimos. Ele vai à escola regular e leva uma vida praticamente normal. Tentando ajudar meu primeiro filho, tive que estudar muito e me tornei homeopata.
Até hoje, costumo ir a muitos seminários sobre medicina ortomolecular e energética, medicina tradicional chinesa, enfim, qualquer tipo de medicina integrativa e alternativa. Com isso, acabei absorvendo o que era útil. Cada terapia tem um pouco a oferecer, e se você combina tudo isso, faz o que eu chamo de abordagem holística. Foi isso que ajudou meus filhos.
Qual o papel da alimentação na recuperação? Uma dieta correta representa 60% da recuperação do autista. Mas há regras nutricionais muito específicas, pois é preciso reparar as disfunções gastrointestinais presentes nas crianças. Quais os pontos mais importantes da dieta?
A alimentação orgânica é imprescindível, e a preparação dos alimentos também tem de ser especial. Se não houver uma preparação adequada, toxinas entrarão no organismo e causarão mais sintomas de autismo. O intestino do autista é bastante poroso e transfere essas toxinas para a corrente sanguínea, fazendo-as chegar ao cérebro. Para prevenir isso, até que você consiga fortalecer as paredes intestinais, é preciso reduzir a toxidade. Outro fator importante é que as crianças autistas não digerem bem os alimentos, pois têm carência de enzimas.
Então, a comida deve ser pré-digerida. Então, há um componente de alergia alimentar relacionado ao autismo? O autista tem um intestino poroso. Portanto, praticamente tudo o que eles ingerem vai para o sangue. Numa criança normal, isso não acontece. Alguns protocolos recomendam remover a comida das crianças e a substituir por cápsulas contendo enzimas, pro-bióticas vitaminas e coisas do gênero.
Não digo que está errado, mas eu não apoio esse procedimento, porque Deus não criou cápsulas, mas comida limpa e orgânica para ser bem preparada. Se seguirmos as regras, podemos reparar as disfunções gastrointestinais. Por causa da comida industrializada e de elementos químicos presentes em diversas substâncias artificiais, os autistas estão 100% intoxicados. Há algum tipo de retardo mental no autista? Não há retardo mental, há intoxicação.
Os autistas têm uma enorme deficiência para se livrar dessas intoxicações, se intoxicam mais rápido do que se desintoxicam. Os médicos tradicionais concordam com essa tese?  Um médico que jamais esteve numa conferência sobre autismo dirá que somos loucos. Eles só dizem que o autismo é causado por uma disfunção cerebral. Mas já provamos a verdade.
Então, há uma briga entre os defensores de sua tese e os médicos tradicionais? Não há briga. Há negação. As fundações e comunidades ligadas ao autismo nos EUA já convidaram a American Medical Association (Associação Médica Americana) para sentar à mesa conosco e ver as evidências. Eles se recusaram. É uma verdade inconveniente dizer que as toxinas que desencadeiam o autismo nas crianças vêm da comida e de vacinas, por exemplo, porque alimentos e drogas são duas instituições que geram muito dinheiro.
Como o governo vai apoiar a ideia de frear essa indústria? Quando há muita discordância entre profissionais de saúde, não há o risco de surgirem oportunistas com supostas soluções milagrosas? Os pais têm que ser céticos em relação a tudo o que lhes dizem. Mas é obrigação deles sentar em casa e pesquisar. Hoje, ir à internet é mais fácil do que ir à livraria, e você encontra provas de que as crianças estão intoxicadas. Temos provas científicas das disfunções gastrointestinais nos autistas.
Se seu filho se comporta como autista e um médico diz que ele está bem, desafie-o a provar. Faça testes de laboratório, examine a microflora intestinal e veja se está tudo bem. Exames de sangue mostram que ele está doente. Exames do fio de cabelo podem comprovar a intoxicação. Quem diz que a análise do fio de cabelo não é segura está mentindo. Seria como dizer que não existe genética. Mas por que os médicos tradicionais não aceitam essas evidências? Nos EUA, muitos médicos tradicionais são orgulhosos e egoístas. Quando são desafiados e confrontados com questões que não sabem responder, eles atacam.
Quem realmente acha que é bom médico não deve temer. Os médicos da comunidade autista estão dispostos a conversar, os médicos tradicionais não. Eles não querem saber, não retornam nossas ligações, não aceitam as novas evidências e não têm filhos autistas. Universidades brasileiras começam a fazer pesquisas. Duas Universidades Brasileiras realizam pesquisas focadas, respectivamente, nos indícios de alergia alimentar e na intoxicação por metais, que, segundo especialistas americanos, teriam conexão com a incidência de autismo.
Em Niterói, a Universidade Federal Fluminense (UFF) vai verificar se realmente há ligação entre a síndrome e a intoxicação por metais pesados. Já a Universidade de Brasília (UnB) aproveita um estudo sobre doença celíaca para observar se há prevalência da intolerância ao glúten entre autistas. A pesquisa feita em Niterói faz parte da tese de mestrado da biomédica Mariel Mendes, que conta com uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, psicóloga e farmacêutica.
A universidade disponibilizará exames completos e atendimento gratuito a crianças, que estão sendo cadastradas. – A pesquisa visa comprovar não só a ligação entre autismo e a intoxicação por metais pesados, mas também a eficácia dos novos tratamentos propostos – afirma a psicóloga Sandra Cerqueira, que faz parte da equipe sob orientação do doutor em farmacologia e toxicologia da UFF Luiz Querino.
Em Brasília, o pediatra e professor titular da UnB Ícaro Batista quer, em sua tese de doutorado, comprovar a prevalência da doença celíaca (intolerância ao glúten) em crianças autistas. Segundo ele, na literatura médica já há menção a um maior número de ocorrência da doença em autistas, mas faltariam pesquisas mais aprofundadas comprovando esta associação.
Autismo não é problema ‘meramente pediátrico’, diz pesquisador brasileiro.
Alysson Muotri trabalha nos EUA e tem importantes estudos na área. Em visita ao Brasil, cientista deu palestra para médicos e pais de autistas. O biólogo brasileiro Alysson Muotri, que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, esteve em São Paulo nesta segunda-feira (26) para dar uma palestra a um grupo formado por pais de autistas e médicos que tratam pacientes desse tipo. O evento foi promovido pela associação Autismo e Realidade.
O laboratório de Muotri é especializado nas pesquisas sobre os transtornos do espectro autista, como é conhecido o conjunto de condições que provocam sintomas semelhantes, sobretudo a dificuldade no contato social. Em 2010, a equipe conseguiu, em laboratório, curar um neurônio que tinha a síndrome de Rett, uma das formas de autismo.
Como trabalha em laboratório, sem contato direto com pacientes, o biólogo aproveita palestras como essa para aprender sobre o outro lado do autismo. “Eu sempre tentei manter esse contato bem íntimo com os pais e com os médicos até para me educar, conhecer quais são os sintomas e os quadros clínicos. Com isso, eu vou pensando em tipos de ensaios celulares que eu consigo fazer a nível molecular”, disse o pesquisador.
Nos EUA, a relação com associações filantrópicas é ainda maior. Segundo ele, as doações que provêm de grupos como esse constituem “uma fonte importante de renda para a pesquisa”. “O Brasil não tem essa cultura”, contrapôs. Segundo Muotri, investir na cura do autismo vale a pena não só pelas melhorias na vida dos pacientes, mas também pelo retorno econômico em longo prazo.
Ele calculou que, ao longo da vida, um autista custa US$ 3,2 milhões, e ressaltou que cerca de 1% das crianças norte-americanas têm a disfunção – não há registro estatístico para o Brasil. “As pessoas se enganam de achar que esse é um problema meramente pediátrico. As crianças vão crescer, vão ficar adultas e muitas delas vão ficar dependentes, dependentes de alguém. Nos EUA, a dependência é do estado”, argumentou o pesquisador, que é colunista do G1.
O biólogo Alysson Muotri, em palestra para médicos e pais de autistas (Foto: Tadeu Meniconi / G1).
O autismo
A genética por trás do autismo é complexa. Afinal, não se trata de uma doença, mas de várias síndromes. “A forma de herança é difícil de explicar. Não é um gene que passa de pai para filho. São 300 genes, há uma interação entre eles, se misturam a cada vez que isso é passado para uma geração”, explicou Muotri. Por isso, quando pensa num potencial medicamento que possa levar à cura do autismo, o pesquisador deixa de lado a causa genética e prioriza o funcionamento dos neurônios.
Nos autistas, a sinapse – ativação das redes neurais – não funciona da mesma maneira. A comunicação entre as células nervosas é menor e os transtornos são consequência disso. No momento, sua equipe está procurando um remédio que possa melhorar esse funcionamento. Para isso, estão fazendo testes com micro-organismos que vivem no fundo do mar, cuja composição química ajuda na interação com os neurônios. Outra opção são medicamentos feitos no passado para tratar outras doenças e não funcionaram, mas que podem dar certo nesse caso; a vantagem é que eles já têm aprovação prévia dos órgãos regulamentadores dos EUA.
Achar a substância certa é difícil, pois Muotri definiu o método de procura como “totalmente tentativa e erro”. “O que a gente chama de drogas candidatas são as que a gente já sabe que atuam na sinapse, mas elas podem não funcionar. Quanto mais a gente testar, melhor, aumenta a chance de a gente encontrar alguma coisa”, contou. O autismo hoje não tem cura.
Porém, em 5% dos casos, quando o diagnóstico é rápido e a variação é mais branda, as crianças conseguem eliminar a síndrome com acompanhamento psiquiátrico.
Saiba mais:
Cientistas brasileiros consertam 'neurônio autista' em laboratório.
Conheça o Espiral, o Blog de Alysson Moutri no G1
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/autismo-nao-eproblema-meramente-pediatrico-diz-pesquisador-brasileiro.html
São histórias escritas com lágrimas, luta esperança, determinação e uma vontade imensurável de que um dia, não importa quando, as portas desse mundo quase intransponível de seus filhos se abram para sempre. Luzanira, Abimael, Áurea e Ubyrajara sabem bem o que é isso. Reduzindo danos Em 12 e 13 de abril, nas 510 Norte, Luzanira e Áurea preparam um workshop voltado aos pais e profissionais que cuidam de crianças autistas. Como convidada, a homeopata norte-americana Andrea La lama, que falará sobre medicina integrativa e terapias naturais, como ajuda para reverter os danos da desordem comportamental.
Contatos: Luzanira: 9279-4838 e Áurea: 8127-2728 Sintomas do distúrbio. O autismo é uma desordem global do desenvolvimento neurológico (hoje alguns estudos apontam também para uma desordem metabólica). É uma alteração cerebral/comportamental que afeta a capacidade da pessoa de se comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.
As recentes estatísticas do autismo entre a população dos Estados Unidos e da Europa apontam para a existência de uma epidemia atual. Lá, saltou de um em cada 2.500 pessoas, na década de 1990, para um caso em cada 150 pessoas, em 2007 (fonte: Centers for Disease Control, EUA). Embora a ciência estude o distúrbio há seis décadas, só há pouco mais de 20 anos surgiu à primeira associação para o autismo no Brasil. E mesmo assim ficaram restritos a um grupo muito pequeno de pessoas, entre elas poucos médicos, alguns profissionais da área de saúde e pais que haviam sido surpreendidos com o diagnóstico dos filhos.
O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista Nervous Child. Não há exames clínicos que possam indicar se uma criança é ou não autista. O diagnóstico do profissional é feito apenas pela observação. Os pais, por sua vez, devem ficar alerta para alguns destes comportamentos:
Dificuldade de conviver com outras pessoas; insistência com gestos idênticos; resistência a mudar de rotina; pequena resposta aos métodos normais de ensino, ecolalia (repetição de palavras ou frases); não responde às ordens verbais — atua como se fosse surdo; dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras; hiper ou hipoatividade física; pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente.
Inspirados pelo Autismo - Informando, Inspirando e Habilitando Famílias, Profissionais e Crianças com Autismo.
Algumas crianças e adultos com autismo, quando abordados com inspiração, apreciação e entusiasmo, têm se desenvolvido muito além dos níveis ditados pelas abordagens convencionais do autismo. Sentir-se inspirado por uma pessoa com autismo é o primeiro passo para ajudá-la a desenvolver a motivação para aprender e para interagir socialmente.
Os Inspirados pelo Autismo dedicam-se a informar, inspirar e habilitar os pais e profissionais a ajudar crianças e adultos com autismo a superar suas dificuldades e alcançar novos patamares de desenvolvimento. Utilizamos uma abordagem educacional relacional e responsiva baseada no Programa Son-Rise para pessoas diagnosticadas com autismo. 
O Programa Son-Rise.
O Programa Son-Rise® apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares – uma abordagem relacional, onde a relação entre pessoas é valorizada. O Programa Son-Rise não é um conjunto de técnicas e estratégias a serem utilizadas com uma criança. É um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar com uma criança que inspira a participação espontânea em relacionamentos sociais.
Os pais aprendem a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança, encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo. Psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil têm apontado há décadas que crianças que possuem um desenvolvimento típico aprendem melhor através de experiências interativas e emocionalmente prazerosas com outras pessoas.
Nestas interações, a criança é um participante ativo ao invés de um recipiente passivo de informação.
Nos últimos dez anos, os pesquisadores têm percebido que o mesmo vale para crianças com autismo e dificuldades similares. As novas perspectivas e pesquisas em relação ao autismo estão começando a perceber recentemente aquilo que o Programa Son-Rise já vem praticando há anos. Este programa tem sido utilizado internacionalmente por mais de 30 anos com crianças e adultos representantes de todo o Espectro do Autismo e dos Transtornos Globais do Desenvolvimento.
No início dos anos 70, o casal Barry e Samahria Kaufman, fundadores do Programa Son-Rise®, ouviram dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Decidiram, porém acreditar na ilimitada capacidade humana para o desenvolvimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun. Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise.
Raun se recuperou de seu autismo após três (3) anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of America, fundado por seus pais em Massachusetts, nos EUA. Desde a recuperação de Raun, milhares de crianças e adultos utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa recuperação.
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial.
Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?”.
Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise oferece uma abordagem prática e abrangente para inspirar a pessoa com autismo a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com outras pessoas, tornando-se aberta, receptiva e motivada para aprender novas habilidades e informações.
A participação da pessoa nestas interações é então fator chave para o seu desenvolvimento. E o papel dos pais é essencial neste processo. Durante todo o processo, o crescimento emocional dos pais é enfatizado. Orientação atitudinal é oferecida para os pais para ajudá-los a trabalhar quaisquer crenças limitantes ou sentimentos negativos em relação a eles mesmos, à criança ou ao diagnóstico da criança. Instruções práticas são oferecidas para auxiliar os pais na criação de uma nova perspectiva que permita que se relacionem com a criança a partir de um sentimento de apreciação e alegria.
“Toda a aprendizagem acontece no contexto de uma interação divertida, amorosa e espontânea que inspira tanto pais como filhos. Pais que utilizam o Programa Son-Rise relatam não somente um progresso magnífico no desenvolvimento dos filhos, mas também uma melhora dramática em seu próprio bem-estar emocional.”
O Programa Son-Rise propõe a implementação de um programa dirigido pelos pais na residência da criança ou adulto com autismo. As sessões individuais (um-para-um) são realizadas em um quarto especialmente preparado com poucas distrações visuais e auditivas, contendo brinquedos e materiais motivadores que sirvam como instrumento de facilitação para a interação e subsequente aprendizagem. Devido às diferenças neurológicas apresentadas por uma criança com autismo, os pais aprendem um novo estilo de interação que difere de como eles se relacionam com crianças de desenvolvimento típico. 
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para ser motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade.
Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano).
O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas eficazes interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.
info@inspiradospeloautismo.com.br
Videos do Programa Son-Rise.
O vídeo descreve algumas técnicas fundamentais da metodologia e é ilustrado por trechos de sessões Son-Rise com cinco (5) pessoas que apresentam diagnósticos dentro do Espectro do Autismo. Todas as sessões são facilitadas por profissionais certificados do Programa Son-Rise.

Assista aqui a um documentário realizado pela rede de televisão britânica BBC sobre a experiência de uma família inglesa que levou seu filho Jordan ao Autism Treatment Center of América, nos EUA, para participar do Curso Intensivo do Programa Son-Rise com duração de duas (2) semanas. O documentário de 1 hora está dividido em seis (06) partes para sua exibição.
Assista agora ao vídeo "Desenvolvendo a Comunicação Verbal", palestra ministrada por Kate Wilde, professora certificada do Programa Son-Rise. Neste vídeo do Autism Treatment Center of America, Kate descreve técnicas para auxiliar uma criança ou adulto com autismo a desenvolver sua comunicação verbal, e está dividido em seis (6) trechos para sua exibição. 
Aqui você pode assistir ao vídeo sobre "Comportamentos Agressivos", palestra ministrada por William Hogan, professor certificado do Programa Son-Rise. Neste vídeo do Autism Treatment Center of America (www.autismtreatmentcenter.org), William oferece sugestões sobre como responder para minimizar a ocorrência de comportamentos agressivos de pessoas com autismo. O vídeo está dividido em 7 trechos para sua exibição.
O Programa Son-Rise  Apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares. Você pode conhecer mais sobre o método assistindo aos Vídeos do Programa Son-Rise OnlineInspirados pelo Autismo oferecem Serviços Personalizados para ajudar os pais e profissionais a desenvolver um programa personalizado para cada família. Nossos Workshops oferecem aos pais e profissionais as informações e técnicas necessárias para começar a implantar um programa de desenvolvimento baseado no Programa Son-Rise em suas casas, escolas ou clínicas.
Veja também exemplos de Atividades Interativas que podem ser criadas dentro do quarto de brincar para auxiliar crianças e adultos com autismo a interagir e a desenvolver suas habilidades sociais, o Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise®, uma lista de Perguntas - enviadas por pais, familiares, e profissionais - respondidas por profissionais com formação no Programa Son-Rise, e Páginas Informativas sobre questões ligadas à abordagem. Inscreva-se no campo ao lado para receber nosso Newsletter com notícias, novidades, e dicas para auxiliar o desenvolvimento e bem-estar de pessoas com autismo e seus familiares.
Nesta palestra, Raun Kaufman, que foi a criança que deu origem ao Programa Son-Rise na década de 1970. Hoje o diretor executivo do Autism Treatment Center of América (www.autismtreatmentcenter.org), relata a história do programa que levou à sua total recuperação do autismo. O vídeo está dividido em seis (6) trechos para sua exibição.
Assista a um documentário com o relato de 4 famílias do Reino Unido que utilizaram o Programa Son-Rise. O documentário foi feito por Sean Fitzgerald, Professor Certificado do Programa Son-Rise, e legendado pela Inspirada pelo Autismo para as famílias brasileiras.
Assista online a um documentário gratuito (com legendas em português) sobre as mudanças alcançadas por um menino e sua família através do Programa Son-Rise. O vídeo abrirá em uma nova janela no seu navegador. Para voltar para o site dos Inspirados pelo Autismo, basta fechar a nova janela.
A história de Raun Kaufmann, a primeira criança Son-Rise. Quando nasceu, Raun era um saudável e feliz bebê. Com o passar dos meses, seus pais começaram a observar que havia alguma coisa diferente com ele, sempre com um ar ausente. Um dia receberam a confirmação do que suspeitavam... Raun tinha autismo. Decidiram então fazer a ponte para o mundo da criança, acreditando que com o amor poderiam alcançá-lo. 
William Hogan, Diretor Executivo de Cursos do Autism Treatment Center of América, fala sobre como ajudar crianças diagnosticadas com Autismo de Alto Desempenho ou Síndrome de Asperger. O vídeo, produzido pelo Autism Treatment Center of América, está dividido em três (3) partes.
O áudio está em inglês, mas você poderá ler a transcrição traduzida para o português nos documentos em PDF acessíveis pelos links ao lado de cada vídeo.
Vídeos do Programa Son-Rise no Youtube
Assistam agora a vídeos sobre o Programa Son-Rise disponíveis no Youtube.
Serviços Personalizados.

A Inspirados pelo Autismo oferece uma série de serviços para auxiliar pais e profissionais na implementação de programas educacionais para crianças e adultos com autismo:
Consultas Telefônicas /Virtuais Individualizadas.
Consultas telefônicas ou virtuais pela internet, com duração de duas (2) horas, altamente personalizadas e interativas com o objetivo de informar, inspirar e orientar o desenvolvimento de um programa educacional para a criança. Inclui a observação prévia por parte do consultor de vídeos da criança. Os vídeos são totalmente educativos, no acompanhamento de médicos e pais com seus filhos.
Atendimento Domiciliar.
Treinamento intensivo e personalizado durante três (3) dias na residência da família para demonstrar e ensinar uma eficaz maneira de se promover o desenvolvimento social de uma criança ou adulto com autismo. Inclui sessões de quarto do consultor com a pessoa diagnosticada com autismo, observação e feedback de sessões realizadas pelos familiares, voluntários e profissionais, reuniões para identificação de metas e estratégias para alcança-las, criação de atividades interativas educacionais.
São pessoas altamente especializadas em Autismo.
info@inspiradospeloautismo.com.br
Workshops. Inspirados pelo Autismo.
"O workshop foi maravilhoso! Tudo foi apresentado de forma motivadora, dinâmica e otimista. Eu entendi mais sobre meu filho nestes 3 dias do que eu havia entendido nos últimos dois (2) anos. Como consequência, eu aprendi a lidar melhor com as suas dificuldades, e ainda mais importante, eu me sinto muito mais capaz de ajudá-lo. "Giselle” (médica e mãe de Augusto, 3) Participante da 1ª série de workshops.
Trabalhamos com uma abordagem educacional baseada nos princípios do Programa Son-Rise, a qual busca inspirar as crianças e adultos com autismo para que aprendam através da interação social divertida e prazerosa. Criamos os nossos workshops interativos para compartilhar com os pais, familiares e profissionais os princípios que consideramos fundamentais à educação social de uma criança ou adulto com autismo, assim como a apresentação de técnicas práticas que possibilitem a imediata implementação de um programa educacional para suas crianças.
Desde 2008, a Inspirados pelo Autismo vem realizando workshops educacionais de diferentes níveis para pais e profissionais em várias cidades nas diversas regiões brasileiras, contando com palestrantes brasileiros e também com convidados internacionais.
Atividades Interativas.
Esta página contém uma série de exemplos de atividades que podem ser criadas dentro do quarto de brincar / interagirem do Programa Son-Rise® para auxiliar crianças e adultos com autismo a interagir e desenvolver suas habilidades sociais.
As atividades abaixo estão divididas em duas partes, atividades com metas educacionais variadas e atividades com metas específicas da área da comunicação verbal. Recomendamos que a leitura das atividades siga a ordem apresentada nesta página: Atividades Interativas Educacionais Atividades Interativas para Desenvolver a Linguagem.
ATIVIDADES INTERATIVAS EDUCACIONAIS.
As atividades abaixo são exemplos de atividades interativas criadas dentro do quarto de brincar / interagirem do Programa Son-Rise. As atividades podem ser adaptadas para a faixa etária, interesses e estágio de desenvolvimento social de cada criança ou adulto com autismo.
As metas educacionais de algumas atividades também podem ser modificadas de acordo com as necessidades de cada pessoa.
Por exemplo, no Pega-Pega Surpresa, a meta apresentada é o aumento do contato visual, mas poderia ser também a comunicação verbal, e o facilitador então solicitaria que a criança, ao invés fazer contato visual através dos buracos do lençol, falasse uma palavra ou uma sentença para dar continuidade ao pega-pega, de acordo com o estágio de desenvolvimento da comunicação verbal da criança.
Identifique o estágio de desenvolvimento social da criança ou adulto com autismo (ver 
Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise) e elabore atividades divertidas e apropriadas às necessidades de cada pessoa.
QUEBRA-CABEÇA
1. Caça ao Quebra - Cabeça
Meta: Inspirar um aumento do intervalo de atenção compartilhada.
Motivações / Interesses: Figuras, quebra-cabeças e passeios no colo ou de cavalinho.
Preparação: Imprima da internet ou desenhe uma versão grande de um dos personagens favoritos da criança (Barney, um dos Backyar digans, Mickey, etc.). Plastifique com papel contact (para tornar o material mais durável) e corte e pedaços para fazer um quebra-cabeça.
Quando você entrar no quarto, coloque as peças do quebra-cabeça em alguns pontos da prateleira. Início da Atividade: Quando a criança oferecer a você um “Sinal Verde para Interação”*, apresente a atividade pegando uma ou duas peças da prateleira.
Explique animadamente que figura será formada quando vocês pegarem todas as peças. Diga também que a maneira de pegar mais peças é ela subir no seu colo ou costas para vocês passearem juntos pelo quarto procurando cada peça.
Se a criança não subir no seu colo imediatamente, procure convidá-la outras vezes quando ela oferecer Sinais Verdes até que ela sobe no seu colo. Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Passeie pelo quarto com a criança em seu colo (ou costas) de formas divertidas.
Pegue uma peça por vez e a leve até a mesa para adicioná-la ao quebra-cabeça. Demonstre para a criança como pode ser divertido observar a figura crescer e se tornar o personagem. Solicitação: O objetivo aqui é prolongar a duração do intervalo de atenção compartilhada da criança, portanto a única coisa a se solicitar é que a criança suba novamente em suas costas para vocês irem pegar uma nova peça. Se a criança entrar em comportamento de isolamento e repetição antes de completar o quebra-cabeça, junte-se à criança fazendo o que ela estiver fazendo.
Quando ela oferecer um novo Sinal Verde, convide-a para a atividade do quebra-cabeça novamente. *Sinal Verde para Interação: Depois de um período de isolamento, a criança demonstrará estar disponível para uma interação social através de um “Sinal Verde”. Há três (3) tipos de Sinais Verdes: Contato visual; Comunicação verbal; Contato físico.
2. Pega-Pega Surpresa
Meta: Estimular um maior contato visual (olho no olho). Motivações / Interesses: Pega-pega ou cócegas; fantasias ou chapéus. Preparação: Providencie uma sacola cheia de fantasias, chapéus, máscaras, asas, etc. Separe um pedaço grande de papelão ou um lençol que você possa pendurar no teto para funcionar como um biombo. Corte um ou dois buracos no papelão ou lençol no nível dos olhos da criança.
Início da Atividade: Quando a criança oferecer um Sinal Verde, apresente a atividade correndo atrás da criança de forma divertida. Adapte a atividade para incluir os interesses de sua criança. Por exemplo, se ela gosta de cócegas, corra atrás dela e faça cócegas no final. Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Se a criança demonstrar que quer que você corra e faça cócegas de novo, corra para trás do papel ou lençol e esconda-se enquanto veste um chapéu ou uma peruca.
Apareça com a nova fantasia e corra atrás da criança. Repita esta rotina vestindo cada vez uma fantasia diferente. Você pode fingir ser um personagem diferente com cada fantasia. Cada personagem tem uma aparência, voz, jeito de falar, de correr e de fazer cócega diferente dos outros personagens. Isto trará variação, dinamismo e suspense à atividade, tornando-a ainda mais divertida para sua criança. Solicitação:
Quando você já tiver corrido com diferentes fantasias algumas vezes e a criança estiver altamente motivada para mais corridas suas, você pode começar a solicitar. Vá para trás do papelão ou lençol para trocar de fantasia e, antes de sair para mostrar a nova fantasia, coloque seus olhos no buraco do “biombo” e peça para a criança olhar para os seus olhos através do buraco. Assim que ela olhar, pule para fora do biombo e corra atrás dela. A cada vez que você se esconder atrás do biombo para trocar de fantasia, solicite que a criança olhe nos seus olhos através do buraco antes de você aparecer.
3. Pescando as Sentenças.
Meta: Estimular a utilização de sentenças mais longas. Motivações/ Interesses: Atividades físicas (ex: passear de cavalinho, balançar, rodar, pular na bola grande, etc.) Preparação: Em letras bem grandes, escreva as sentenças que descrevem atividades que você acredita que sua criança terá interesse em participar. Por exemplo: “Eu quero passear de cavalo”, “Eu quero balançar devagar”, “Eu quero pular na estrada de buracos”, “Eu quero voar de avião”, “Faça passeio de elefante”, “Faça passeio de espirro”! Seja criativo em relação aos tipos de passeios, balanços e pulos que você pode oferecer para a criança.
Escreva quantas sentenças você conseguir inventar para ações que você vai oferecer. Plastifique as sentenças para que elas possam ser reutilizadas. Depois corte as sentenças em 3 partes para criar “piscinas” de palavras / frases. A 1ª piscina irá conter os inícios das sentenças (ex: “Eu quero”, “Faça”, etc.). A 2ª piscina terá as ações motivadoras (ex: “o passeio”, “balançar”, etc.). A 3ª piscina terá as palavras descritivas da ação (ex: “de cavalo”, “de avião”, “de espirro”, “devagar”, etc.).
Cole um clipe de metal em cada pedaço de papel. Improvise uma vara de pescar com um pequeno imã no fim da linha. Coloque as três (3) piscinas (caixas, bacias) de categorias de palavras no quarto de brincar/interagirem. Início da Atividade: Quando sua criança oferecer um Sinal Verde, corra para a 2ª piscina (verbos, ações) e pesque você mesmo um pedaço de papel com uma palavra de ação. Leia a palavra para a criança e ofereça a ação correspondente (um passeio, balanço ou pulo). Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação:
Agora pesque uma palavra da 2ª e uma da 3ª piscina, e leia a combinação para a criança (ex: “pulo de elefante”). Ofereça esta ação para a criança. Faça isto várias vezes até que sua criança esteja motivada o suficiente para vir ajuda-lo a pescar uma palavra de cada piscina. Solicitação: Quando sua criança estiver bem motivada dentro da atividade, você pode pedir para que ela leia a sentença inteira ou para que repita depois de você. E você oferece a ação motivadora. Esta atividade pode evoluir para um momento em que a criança não precise mais das palavras por escrito para ajudá-la a elaborar uma sentença completa.
4. O Incrível Repórter. 
Meta: Inspirar um maior interesse em outras pessoas. Motivações /Interesses: Jogo imaginativo, troféus, prêmios, medalhas. Preparação: Separe para o quarto todos os brinquedos e objetos que se encaixem em uma temática de expedições/ safáris (ex: binóculos, telefone velho, chapéus, cordas, mochilas, comidas de plástico, figuras de animais, etc.).
Faça um mapa do território que vocês irão explorar na expedição. Faça um “Caderninho de Notas do Repórter” com perguntas que você escreveu para a criança utilizar. Estas serão perguntas que a criança fará para você quando você estiver fingindo serem personagens diversos (ex: “O que você mais gosta da vida nos havanas africana?”) Início da Atividade:
Mostre o mapa para a criança de maneira muito animada e explique que um “jornal” local quer que vocês façam uma reportagem sobre animais exóticos, dinossauros, alienígenas, pessoas (o que quer que você acredite que seria mais interessante para a criança) que vivem naquele local do mapa. Inicie a atividade oferecendo à criança uma maneira simples e física de participar, por exemplo, segurar o mapa, dirigir o jipe, procurar girafas através dos binóculos, etc. Avise para a criança que quando ela voltar para a redação do jornal com a reportagem ela receberá uma medalha ou troféu do mais “Incrível Repórter”.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Enquanto vocês viajam pelo território que vocês criaram, utilize os seus 3E’s* para ajudar sua criança a ficar ainda mais motivada pela atividade. Finja ser um dos animais (ou alienígenas, etc.) e se apresente à criança. Agindo como o personagem, conte animadamente sobre você, respondendo a todas as perguntas que estão escritas no “Caderninho de Notas do Repórter” sem que a criança precise fazer as perguntas.
Solicitação: Quando a criança estiver altamente envolvida na atividade, comece a pedir para ela fazer o papel do repórter mais ativamente. Estimule a criança a perguntar para você as perguntas escritas no caderno enquanto você finge ser os vários personagens que vocês encontram pelo caminho. Depois de fazer isto com alguns personagens, diga para a criança que o repórter que provavelmente ganhará o prêmio de “Incrível Repórter” será aquele que inventar novas perguntas para fazer. Encoraje a criança a fazer perguntas que não estão escritas no caderno.
*3E’s: Uma técnica fundamental do Programa Son-Rise. Os 3E’s são Energia, Entusiasmo e Empolgação.
15. IDÉIAS DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER ALINGUAGEM.
Os exemplos sugeridos abaixo para atividades interativas com o objetivo de desenvolver a comunicação verbal são apenas breves descrições das atividades. No Programa Son-Rise, os facilitadores procuram construir a interação e ajudar a pessoa com autismo a ficar altamente motivada por uma ação deste facilitador antes de solicitar algo dela. Por exemplo, o facilitador faz cócegas várias vezes na criança sem pedir nada para ela. Apenas quando a criança já está altamente motivada pelas cócegas e demonstra de alguma forma querer mais, o facilitador solicita algo que é um desafio para ela, como falar uma palavra isolada ou sentença, olhar nos olhos, fazer algum gesto ou desempenho físico específico, etc. 
No momento em que a pessoa está altamente motivada por uma ação do facilitador, ela tem a motivação como sua aliada para superar suas dificuldades e desenvolver habilidades. Ela supera suas dificuldades enquanto brinca! O prazer e a diversão na interação social levam a pessoa com autismo a querer interagir cada vez mais com outras pessoas e, consequentemente, aprender novas habilidades sociais. Investir na conexão amorosa e divertida com a pessoa com autismo beneficia o relacionamento e o aprendizado social. Divirta-se com as atividades!
1.Ofereça variações divertidas dentro de uma mesma motivação (interesse) para permitir a repetição de uma mesma palavra. 
Por exemplo: Torne-se uma “Máquina de Apertar”. Modele a palavra “apertar” para a pessoa, pendure um papel com a palavra “apertar” na sua camiseta, ofereça várias formas de apertar a pessoa (massagem) e, quando ela estiver altamente motivada, peça para ela falar a palavra “apertar” para a “Máquina de Apertar” funcionar. Utilizando o mesmo princípio, você pode criar uma atividade onde você é a “Máquina de Comer” (que vai “comendo o pé ou mão” da pessoa) e a palavra que a pessoa fala é “comer”. Você também pode ser a “Caixa de Música”, e a pessoa fala a palavra “música” para você começar a tocar instrumentos ou cantar.
2. Pratique sons específicos da articulação de fala em uma canção. Por exemplo: Se a pessoa gosta da canção “Seu Lobato Tinha um Sítio”, adapte os versos para incluir sons de fala que a pessoa tem dificuldade para articular. Você pode cantar “Era ‘t-t-t’ prá cá, era ‘t-t-t’ prá lá, ia ia iou” se a pessoa tiver dificuldade em pronunciar o “T”. Você canta e convida a pessoa para cantar com você.
3. Demonstre para a pessoa que quando ela diz a palavra inteira de forma clara ela consegue mais o que quer do que quando diz aproximações da palavra. Por exemplo: Se a pessoa tende a omitir as consoantes iniciais das palavras, prenda um papel com a letra “C” na sua mão direita e as letras “ó cega” na sua mão esquerda. Se a pessoa disser “ó cega”, faça cócegas nela com a mão esquerda. Quando ela disser a palavra toda, ofereça cócegas com suas duas mãos. Você pode criar o mesmo tipo de atividade com palavras como “massagem”, “carinho”, etc.
4. Seja o médico de língua! Concentre o foco nos movimentos da língua para auxiliar uma articulação de sons mais clara. Por exemplo: Providencie um conjunto de fantoches e bonecos de pelúcia que abrem a boca. Você poderia até colar línguas de papel ou tecido em cada boca. Cada boneco tem uma dificuldade específica no movimento da língua. Peça para a pessoa com autismo para ajudar você a examinar a boca de cada boneco com um daqueles palitos (ou com a própria mão). Prescreva vários movimentos de língua para cada boneco. Depois de examinar todos os bonecos, faça com que um dos bonecos examine a pessoa com autismo e prescreva para ela um exercício específico de língua. Se a pessoa quiser, ela pode examinar você também!
5. Combine várias das motivações da pessoa para que a atividade seja ainda mais atraente. 
Por exemplo: Faça um cartaz com a palavra “Música” e outro com a palavra “Correr” ou “Pegar”. Modele a brincadeira jogando uma almofada em um cartaz. Jogue na palavra “Música” e comece a tocar um instrumento ou cantar. Jogue na palavra “Pegar” e saia correndo em direção à pessoa para um “pega-pega”. Quando a pessoa estiver altamente motivada por “música” ou “pegar”, peça para ela dizer a palavra correspondente à ação que deseja.
6. A pessoa dá as instruções para você achá-la no quarto e ganha o prêmio de “Melhor Instrutor”. 
Por exemplo: Entre no quarto com um grande chapéu na cabeça e anuncie que a pessoa acaba de ganhar um prêmio muito especial. Quando você estiver prestes a entregar o prêmio para ela, faça com que o seu chapéu cubra os seus olhos e estimule a pessoa a ajudar você a chegar até ela sem conseguir enxergar. No início, ela pode utilizar comandos simples como “para frente” e “para trás”.
Depois de um tempo, você pode se colocar atrás de obstáculos para encorajá-la a dizer “Passe por cima do banco”, ou “Pule sobre a almofada”.
7. Crie sentenças ao oferecer variações em cima de uma mesma motivação, demonstrando para a pessoa que ela consegue exatamente o que quer quando utiliza sentenças mais longas. 
Por exemplo: Crie um cartaz com a silhueta de um corpo. Nomeie cada parte do corpo com um cartão removível. Na parte de cima do cartaz, escreva “Colorir  ______”. Peça para a pessoa pegar o cartão que corresponde à parte do corpo que ela quer que seja colorida e que o coloque no espaço para completar a sentença. Quando ela estiver altamente motivada, estimule a pessoa a dizer a sentença completa. Se ela disser apenas “colorir”, responda colorindo algo fora do corpo. Se ela disser apenas “perna”, responda balançando a sua própria perna. A ideia é incentivar a pessoa a dizer “colorir perna” ou “colorir a perna” para você “entender” e colorir a perna no corpo do cartaz.
8. Escreva uma sentença em uma cartolina e a cole com fita crepe no chão. Peça para a pessoa pisar em cima e dizer cada palavra da sentença para ganhar a ação motivadora ainda mais rápida. 
Por exemplo: A sentença pode ser; “Eu quero uma canção”.
Quando a pessoa terminar de falar a sentença, imediatamente comece a cantar a canção favorita da pessoa. Quando você terminar aquela canção, peça para a pessoa falar a sentença de novo e, quando ela completar a sentença, cante outra canção.
9. Construa sentenças com blocos que caem no chão.
Por exemplo: Providencie blocos bem grandes (como tijolos de papel ou espuma, ou até caixas de sapato). Cole em cada bloco uma palavra da sentença “Eu quero que os blocos caiam”. Comece a construir uma torre com o bloco que tem a palavra “Eu” no chão. Continue a construir a torre e a sentença assim por diante. Quando a pessoa disser a sentença completa, faça com que a torre desabe de forma divertida.
10. Pegue palavras para combiná-las em uma sentença e então dramatizar a ação de cada sentença. 
Por exemplo: Monte um trilho de trem em volta do quarto e a cada estação ofereça para a pessoa um série de opções de cartões com uma palavra em cada um. Peça para a pessoa escolher uma das palavras e colocar o cartão como carga no trem. Quando o trem chegar ao fim da linha e tiver algumas palavras nele, ajude a pessoa a combinar as palavras e criar uma sentença para falar. Depois de criada a sentença, você dramatiza a cena correspondente. Por exemplo, a sentença é “O macaco pula na floresta” e você pula pelo quarto dançando e cantando como um macaco.
11. Invente uma canção sobre um tópico que é do interesse da pessoa e peça para ela completar com palavras ou sentenças de forma a estimular sua comunicação verbal espontânea.
Por exemplo: Invente uma canção sobre a Barbie viajando pelo mundo. Você pode utilizar a melodia de uma canção conhecida e modificar a letra. Quando a pessoa estiver altamente motivada, experimente deixar “espaços” em silêncio para ver se ela completa com alguma palavra espontânea.
12. Invente uma história engraçada e até sem sentido para estimular a fala espontânea. 
Por exemplo: Faça uma pilha de cartões com uma palavra em cada um, palavras relacionadas aos interesses da pessoa. Inclua cartões que contenham apenas um ponto de interrogação. Escreva então uma história com a pessoa em uma cartolina. Escreva meia sentença e faça uma pausa. Pegue um cartão e use a palavra para completar a sentença. Se você pegar um ponto de interrogação, você ou a pessoa podem inventar qualquer palavra para escrever naquele ponto da história. Quanto mais engraçada e sem sentido a história melhor!
13. Estimule sentenças mais completas e espontâneas encorajando a pessoa a inventar histórias engraçadas. 
Por exemplo: Faça duas pilhas de cartões. Uma pilha contém figuras de pessoas fazendo diferentes ações. A outra pilha contém figuras de diversos objetos. Comece pegando um cartão de cada pilha e crie uma sentença que associe uma palavra com a outra. Por exemplo, você pega um cartão de um homem cortando a grama e outro de uma escova de cabelo.
Você poderia então dizer “O Beto esqueceu que ele tinha uma máquina de cortar grama e usou a escova de cabelo para cortar a grama do jardim”. Convide a pessoa para fazer uma sentença na vez dela.
14. A pessoa com autismo é o entrevistador de um programa de rádio! Encoraje a conversação através da dramatização de vários personagens.
Por exemplo: Traga um gravador para o quarto e represente os diversos personagens que serão entrevistados pela pessoa. Você pode representar o elenco de um filme ou livro favorito. Estimule a pessoa a entrevistá-lo por 3 minutos. Se ela mudar o assunto, pare de gravar e a estimule a voltar para o assunto da entrevista.
15. Jogue “Boliche de Conversa” para praticar a habilidade de alternar a vez de falar sobre um assunto.
 Por exemplo: No fundo de cada pino de boliche está escrito um tópico para conversa (ex: férias, o mar, seu melhor amigo, etc.). A cada vez que você derrubar os pinos escolha um deles e fale sobre o respectivo tema por 1 minuto. Você pode utilizar um cronômetro durante a atividade. (Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship - 2004, site www.autismtreatmentcenter.org).
Perguntas e Respostas.
Recebemos várias perguntas de pais e profissionais relativas à implementação do Programa Son-Rise com crianças e adultos com autismo. Sean Fitzgerald e Mariana Tolezani respondem aqui às perguntas mais frequentes.
Esperamos com esta página contribuir para a maior compreensão dos princípios, implantação e aperfeiçoamento do Programa Son-Rise desenvolvido por cada família e profissional. 
. Posso utilizar o grande interesse do Rodrigo por números e letras dentro do quarto do Son Rise sem ser diretiva? Como fazer isto? Geralmente ele quer brincar com livros todo o tempo.
É ótimo que você queira utilizar o interesse do Rodrigo por letras e números! E que queira introduzir os números e letras de forma não diretiva ou responsiva. Eu acredito que adotar um estilo de interação responsivo trará para você uma ótima oportunidade para se criar e prolongar interações sociais como Rodrigo. Para adotar um estilo de interação responsivo, procure iniciar uma interação com letras e números SOMENTE quando você receber um sinal verde para interação. Você se lembra de quando eu e Kat apresentamos os estados de disponibilidade no curso? Uma criança pode estar em um desses três estados: em isolamento, interessada ou altamente conectada. 
Quando a criança apresenta-se interessada ou altamente conectada, ela está oferecendo sinais verdes para interação e você pode iniciar qualquer atividade que você acredite que pode ser motivadora para sua criança – inclusive letras e números. Lembrete: Os sinais de que o Rodrigo está no estado de isolamento incluem um envolvimento em uma atividade que exclui qualquer outra pessoa, contato visual mínimo ou ausente, resposta mínima ou ausente para os comentários e perguntas dos outros. Este é o momento para se juntar ao comportamento de isolamento dele fazendo aquilo que ele estiver fazendo, sem tentar distraí-lo ou pedir nada para ele.
Os sinais de que Rodrigo está interessado incluem um aumento no contato visual e/ou contato físico como, por exemplo, pegar na mão da pessoa e levá-la até algum lugar, ou tocar na pessoa como pé. Os sinais de que ele está altamente conectado incluem um contato visual maior ou até constante, expressões faciais animadas (sorriso), e respostas oferecidas aos pedidos e ações das outras pessoas. Você mencionou que ele “geralmente quer brincar com livros o tempo todo”. Tenho algumas questões em relação a isso.
Os livros possuem um foco específico em letras e números ou são simplesmente livros de histórias? Se forem livros que apresentam um foco em letras e números, você poderia tentar encontrar maneiras de se construir ou de se adicionar uma ação relacionada às letras e números do livro. Por exemplo, se o livro possuir uma página com o tema da letra “B”, talvez eu enfatize o “B” e ofereça a brincadeira de “bolhas” (de sabão). Se for um livro de números e houver um número “6” na página, eu poderia construir uma torre com 6 blocos e daí derrubá-la.
Permita-se experimentar muitas maneiras de se construir uma interação a partir da atividade favorita dele. (Importante): caso os livros sejam a atividade favorita dele, talvez ele queira, algumas vezes, brincar com eles de forma mais isolada e rígida – se isso acontecer seja responsivo e NÃO adicione algo ou construa uma interação dentro da atividade dele se ele não quiser.
Neste caso, espere por momentos dentro desta atividade dele em que ele pareça estar mais flexível e mais aberto para você, e adicione algo à atividade apenas nestes momentos.
Além dos livros, você pode oferecer quaisquer atividades divertidas (cócegas, carregar de cavalinho, pega-pega, canções, etc.) enquanto enfatiza a parte de letras e números da brincadeira.
Por exemplo, enquanto dou cinco (5) passos gigantes para correr atrás dele, eu poderia prender a letra "C" ou a palavra "CÓCEGA" na minha camisa e daí oferecer cócegas para ele. Eu poderia usar letras de plástico para escrever a palavra “Cantar” e cantaria uma das canções favoritas dele. Depois embaralharia as letras e pediria para ele colocá-las na ordem correta para formar a palavra “Cantar” novamente, e cantaria mais uma vez para ele. Divirta-se com estas atividades e, é claro, adapte as sugestões para que funcionem ainda mais para o Rodrigo de acordo com os interesses e estágios de desenvolvimento das habilidades dele. 
. Quando nosso filho solicita ajuda ele balbucia "hummm" "hummm" "hummm" (aumentando o volume e a intensidade, ele vai apertando os botões). Buscamos atendê-lo, ou seja, damos o auxílio solicitado por ele. Como devemos agir nessas ocasiões, continuar a atender ou não atender mesmo que leve a um aumento de stress de todos em casa e dele mesmo?
Parece que “hummm” “hummm” é uma comunicação para ele. É ótimo que ele esteja se comunicando com você! Primeiro, lide com “hummm” “hummm” como uma comunicação. Sinta-se e demonstre-se empolgado com isto! Responda ao som com uma celebração e uma ação – especialmente após ele ter ficado em isolamento por um tempo e estiver começando a interagir e se comunicar novamente.
Como um segundo passo, finja não entender quando estiver respondendo. Se você achar que ele quer uma bebida, o celebre pelo som e rapidamente pegue um carrinho e dê para ele. Quando ele empurrar o carrinho demonstrando não o querer e disser “hummm” “hummm” de novo, pegue a bebida e fale (modele) claramente a palavra “BEBIDA”, faça uma pequena pausa e dê a bebida para ele. Ele perceberá que você quer ajudá-lo, que está sendo responsivo com ele e que um som ou palavra diferente vai ajudá-lo a conseguir a bebida mais rapidamente.
Em seguida, quando ele estiver realmente muito motivado (poderia ser durante uma brincadeira/atividade favorita ou por sua bebida ou comida favorita) e você perceber que ele está relativamente mais flexível (ao contrário dos momentos em que ele está mais rígido e menos aberto às suas contribuições), após fingir não entendê-lo e oferecer o objeto incorreto, modele o nome do objeto ou ação que você acha que ele quer e faça uma pausa sem oferecer aquilo para ele.
Dê a oportunidade para ele tentar fazer novos sons. O incentive a fazer os sons uma, duas, três, quatro, até cinco vezes. Ele verá que você ainda está tentando ajudá-lo, mas que leva mais tempo para conseguir algo quando ele não faz o som relacionado àquele objeto.
De qualquer jeito, ele ainda consegue o objeto! Sempre que ele fizer um som diferente de “hummm” “hummm”, celebre (elogie, faça festa) e ofereça uma resposta (ação/objeto) imediata. Faça isso mesmo que o som diferente não apresente nenhum fonema da palavra que você está modelando e solicitando que ele fale.
Por exemplo, você pede para ele dizer “bebida” e ele diz “mo”. O mais importante é que ele comece a fazer novos sons. Divirta-se com isso. Seja paciente, mantenha-se entusiasmado e acredite em seu filho. E, por último, não foque apenas na solicitação de linguagem com seu filho.
De vez em quando, deixe de lado as solicitações de linguagem, e concentre-se em solicitar que ele participe fisicamente, como por exemplo, “levante o seu pé para ganhar cócegas!”, “sente-se na cadeira e eu trago a bebida”, “dê o prato para mim e eu trago a comida”, etc. Estas solicitações permitirão que seu filho se sinta confiante para ter sucesso nas suas participações em interações, em um momento em que ainda é difícil para ele ter esse êxito na área da linguagem.
. Quando nosso filho fica altamente conectado, é muito comum ele se comportar de maneira muito eufórica, mais especificamente, ele trinca os dentes, faz um som alto "hiiii" "hiiii", dá tapas (não muito fortes) na sua própria cabeça, pernas e barriga além de dar chutes no chão.
Qual deve ser nossa atitude neste momento já que buscamos mais momentos de alta conexão com ele? Os tapinhas e gemidos são rápidos e passageiros e logo ele volta a interagir. Existe algo que possa minimizar isso ou neste período curto é como se ele tivesse estas reações de auto estimulação em isolamento? Devo juntar-me a ele nestes breves instantes de euforia, ou seja, repetir os mesmos movimentos dele?
Quando ele estiver altamente conectado e apresentar este comportamento, mantenha uma atitude calma e relaxada e permita que ele termine de agir daquela forma antes de continuar com a atividade (talvez de uma maneira mais calma). Algumas crianças apresentam dificuldades para autorregular sua energia e/ou suas emoções. Estes tipos de comportamentos descritos por você podem ajudar a criança no autor regulação quando elas se tornam hiperestimuladas.
Em outros casos, a criança pode investir nestes comportamentos com o objetivo de aumentar sua energia e concentração. Quanto mais seu filho praticar interações, mais oportunidades ele terá para aprender a se regular durante atividades.
Mais uma coisa para se observar: antes dele trincar os dentes, balbuciar “hiii” e se bater, o que você estava fazendo? Em alguns casos, se um dos pais ou a pessoa que cuida da criança tenta tirar a criança de alguma atividade dela ou insiste em ter a atenção da criança quando ela não quer mais prestar atenção, observamos a criança se envolver em comportamentos como os descritos acima. Se este for o caso de vocês, procure perceber mais rapidamente quando seu filho deixar de estar interessado ou altamente conectado e JUNTE-SE a ele sem fazer demandas, perguntas ou tentar chamar sua atenção.
No decorrer do dia, você poderia oferecer estímulos para regular sua energia como massagens, abraços ou atividades físicas. Ofereça estas atividades para regulação de energia de forma motivadora para ele, dentro de atividades divertidas.
.   Há momentos em que nosso filho fica brincando sozinho em outro quarto e faz o som "man, man, man", não se sabe se ele está tentando chamar alguém ou se é apenas um gemido sem significado, assim, nestes casos seria válido a mãe se dirigir imediatamente até ele para celebrar ou manter-se indiferente, pois é um contexto em que ele está realizando uma atividade em isolamento?
Se você estiver no quarto de brincar/interagir, interprete como uma possível tentativa de comunicação, o celebre e ofereça uma ação ou um objeto assim que ele fizer este som. Se ele ignorá-lo, o empurrar para longe ou parecer não interessado em você, junte-se ao som dele. Se ele continuar fazendo o som, junte-se ao som (fazendo o mesmo som), e de vez em quando o celebre e ofereça uma ação para ver se ele está se comunicando e interessado no que você está oferecendo.
Se ele ainda não estiver interessado, junte-se a ele e a seus sons por períodos maiores sem celebrar e responder aos sons até que ele apresente uma mudança no padrão do comportamento vocal ou gestual, ou ainda que ofereça a você sinais verdes para a interação, então responda novamente com celebração e ação. Se você estiver fora do quarto de brincar/interagir, procure seguir os mesmos passos acima quando ele estiver presente nos exercícios.
. Posso introduzir uma rotina na hora de tomar banho dentro da abordagem responsiva?
Uma rotina na hora do banho pode ser muito útil para auxiliar tanto o seu filho como vocês. Se ele já está familiarizado e parece se beneficiar de calendários visuais como os que o programa TEACCH recomenda, você pode continuar a utilizá-los durante a hora do banho e hora de dormir. No Son-Rise, nós podemos introduzir uma rotina, mas não manipulamos a criança fisicamente de modo a forçá-la a seguir a rotina, pois em nossa experiência este tipo de atitude não estimula o tipo de interação social e flexibilidade que nós desejamos promover em nossas relações com uma criança/adulto com autismo.
Ao invés de manipular e forçar, nós somos entusiasmados, persistentes e flexíveis enquanto encorajamos a hora do banho e de dormir. Apesar de esta abordagem demandar em curto prazo um período de tempo maior para a atividade, notamos que em longo prazo nos ajuda a conseguir muito mais o que queremos.
Como um exemplo, na hora do banho nós podemos encorajar o banho com entusiasmo ao mesmo tempo em que damos um jeito de tornar outras atividades que competiriam com o banho indisponível naquele momento. Podemos desligar a TV ou o computador, fechar a porta para o quarto dos pais se ele gosta de pular na cama, parar uma brincadeira que vocês vinham brincando com ele, etc.
Avise com entusiasmo que está quase na hora do banho. Depois de alguns minutos o avisando, o estimule a vir para o banheiro com você. Você pode começar a encher a banheira, preparar um banho de espuma ou adicionar os brinquedos ou objetos favoritos dele no Box (banheiro) do chuveiro ou na banheira. Faça um pouco de barulho como se você estivesse se divertindo no banheiro.
Tente tornar o banho no lugar mais interessante e divertido da casa nesse momento.
Se ele vier para o banho sozinho, ou até se aproximar da banheira, faça festa e o celebre por isso. Se ele estiver brincando com o brinquedo favorito, eu posso trazer o brinquedo para o banheiro (se ele largar o brinquedo e o objeto estiver disponível para eu pegar – eu não vou tirar o brinquedo dele). Também posso trazer um lanchinho favorito para o banheiro com ou mamadeira de inicialmente estimulá-lo a vir para o banho sozinho. Dependendo do estágio de desenvolvimento social dele, você poderia também fazer “combinados” / ”tratos” com ele em que ele poderia fazer algo que ele quer muito fazer (para o qual ele necessita da sua ajuda ou permissão para fazer). Após o banho.
. Como eu trabalho as habilidades de leitura e escrita no quarto de brincar/interagir?
Muitos pais enviaram perguntas sobre a estimulação de leitura e escrita no quarto. Você pode trabalhar qualquer habilidade, inclusive de leitura e escrita, quando sua criança estiver motivada e envolvida em uma interação social no quarto. Por exemplo, se sua criança gostar de:
§  Cócegas
§  Leitura
§  Passear de cavalinho
§  Canções
§  Vozes divertidas e atividades de imaginação
§  Dinossauros
Quando você estiver em uma atividade interativa utilizando qualquer um destes interesses acima, espere até que sua criança esteja realmente motivada e conectada, antecipando já com muita expectativa o clímax da parte mais divertida da atividade. Este é o momento ideal para solicitar algo na área das letras ou números, levando em conta o estágio de desenvolvimento de cada criança/adulto. Como um exemplo, estou passeando com a criança no colo pelo quarto todo. Eu posso dar duas ou três voltas sem pedir nada para ela (fazendo pequenas pausas entre cada volta para aumentar ainda mais a expectativa).
Quando eu perceber que a criança já está bem motivada (talvez apresente maior contato visual, expressão facial animada, sorridente, etc), eu posso solicitar que ela escreva a letra P no seu “bilhete de passear”, ou que ela faça um círculo em volta da figura de um cavalo (se eu estiver fingindo carregá-la como um cavalinho).
Em outro exemplo, minha criança está interessada em dinossauros e eu estou fingindo ser um tiranossauro Rex que a persegue pelo quarto. Eu pego um número 5 de plástico e digo que vou dar cinco passos gigantes de tiranossauro Rex para pegá-la. Eu dou os cinco (5) passos e faço rugidos de dinossauro.
Daí eu digo que posso dar sete (7) passos gigantes para pegá-la. Peço que ela pegue o número 7 de plástico e o dê para mim antes de dar os passos. Eu ajusto a minha solicitação de acordo com o estágio de desenvolvimento de minha criança. Por exemplo, eu tenho seis (6) bolas de pingue-pongue e minha criança está interessada na atividade com o tema do tiranossauro rex.
Eu posso fingir que as seis (6) bolas são ovos de dinossauro e que se ela estiver perto dos ovos o dinossauro vai rugir, persegui-la e fazer cócegas nela. Depois de fazer isso uma ou duas vezes sem demandar nada da criança para ajudá-la a ficar ainda mais motivada, eu posso pedir que ela dividisse os ovos por 2, por 3, etc. É claro que os interesses e motivações de cada criança ou adulto serão diferentes. E o estágio de desafio a ser trabalhado com cada criança em relação a letras, números, escrita e leitura também será diferente. É por isso que é tão importante seguir as motivações de sua criança e entender que em muitas ocasiões talvez a sua criança não esteja interessada na atividade que você está propondo.
INTERAÇÃO, CONEXÃO E O RELACIONAMENTO ENTRE VOCÊS DOIS É MAIS IMPORTANTE DO QUE LETRAS, NÚMEROS E LEITURA. É POR ISSO QUE SUGIRO QUE VOCÊ SE CONCENTRE PRIMEIRO EM: CONTATO VISUAL, COMUNICAÇÃO VERBAL, INTERVALA DE ATENÇÃO COMPARTILHADA E FLEXIBILIDADE.
Se você se concentrar nas habilidades acadêmicas muito cedo, isso pode levar a uma experiência de frustração tanto para você como para sua criança. Se ela ainda não apresenta o grau de concentração necessário para facilmente aprender o conteúdo, a experiência não será divertida para ela e você se tornará menos atraente por forçar que ela ou ele faça algo. Conforme sua criança aprenda a se envolver mais nas interações e a interagir com pessoas por períodos maiores, ficarão cada vez mais fácil para ela aprender qualquer coisa, inclusive números e letras.
. Quais são os brinquedos que vocês sugerem que utilizemos no quarto de brincar?
Recomendamos brinquedos e objetos que sejam duráveis e não tóxicos, que possam ser jogados, amassados e até mordidos, sem representar nenhum perigo para a saúde e segurança da criança. Brinquedos que funcionam sozinhos, movidos à pilha, com luzes e sons, podem estimular que a criança brinque sozinha com eles, sem precisar que alguém “anime” os brinquedos para elas. Esses brinquedos podem distrair a criança e também ser hiperestimulantes. Por estas razões, NÃO utilizamos brinquedos e objetos elétricos ou eletrônicos no quarto de brincar/interagir. 
Também procuramos não utilizar areia, grandes quantidades de peças muito pequenas e água, pois estas substâncias também costumam distrair muito as crianças. Preferimos brinquedos que estimulem a criatividade e imaginação, podendo ser utilizados de diversas formas.
“Por exemplo, um conjunto de blocos grandes pode ser utilizado como muro do castelo ou da casa dos ‘Três Porquinhos”, pode ser uma ponte, uma cidade, uma cama ou uma torre que será destruída pelo “Lobo” ou por uma onda do mar. E, muito importante, procuramos brinquedos que estimulem a interação.
O fantoche é um bom exemplo, pois ele não costuma ser tão interessante por si só, ele geralmente precisa de um adulto que o anime para que ele ou ela fique mais divertido para a criança. Abaixo se encontra um trecho retirado da tradução do texto sobre materiais para o desenvolvimento social dentro do quarto do Son-Rise: “Muitos brinquedos no mercado têm como objetivo manter a criança ocupada e distraída enquanto os pais se ocupam com outras tarefas ou atividades”.
Nós queremos o oposto disto! Quando uma criança quiser ficar em isolamento, ela encontrará um jeito para se isolar, não importando quais brinquedos estejam disponíveis. Mesmo assim, procuramos utilizar brinquedos que costumam promover interações ao invés de brincadeiras solitárias. Por exemplo, sua criança poderia permanecer isolada ao brincar com um fantoche, mas ela também poderia achar a atividade mais divertida quando você animasse o fantoche. O fantoche então ofereceria a você a oportunidade de se tornar parte do interesse de sua criança.
Se há brinquedos e objetos específicos que sua criança gosta (ou até que os utiliza enquanto está em “ismos” – comportamentos repetitivos e de isolamento), com a exceção de brinquedos a pilha ou brinquedos que contêm uma grande quantidade de areia, pecinhas ou água, nós sugerimos que você mantenha estes brinquedos disponíveis na prateleira do quarto para sua criança brincar. Sugerimos que você mantenha no quarto apenas alguns destes brinquedos que a criança utiliza em “ismos”. Por exemplo, se sua criança costuma brincar de forma repetitiva e isolada com trens e possui 50 trens, diminua o número de trens no quarto para apenas 6. Se a criança gosta de ficar em “ismo” com barbantes, mantenha dois barbantes no quarto ao invés de um saco inteiro de barbantes.
Nós não acreditamos que seja necessário ter sempre um par de cada brinquedo, mas recomendamos que você tenha 2 de cada brinquedo que sua criança gosta de brincar em isolamento para que você possa se juntar à criança utilizando o mesmo brinquedo. Muitos pais perguntam quantos brinquedos eles deveriam ter no quarto. O objetivo é oferecer uma variedade de brinquedos diferentes, mas que a prateleira não esteja tão cheia a ponto de ficar difícil para que você e a criança vejam quais são os brinquedos disponíveis.
Nossos quartos de brincar/interagir em nosso centro de atendimento possuem 3 prateleiras com 2,5 m de comprimento, e parte da prateleira é reservada para lanches, bebidas, trocas de roupas, fraldas, etc. ”Direitos autorais reservados para The Option Institute and Fellowship © 2001.Utilize brinquedos como àqueles que as crianças utilizavam 40 anos atrás. Muitos dos brinquedos eletrônicos modernos, aqueles encontrados hoje em grandes lojas de brinquedos, tendem a estimular que a criança se entretenha sozinha com o brinquedo ao invés de estimular que ela brinque com o brinquedo de forma interativa.
Brinquedos como os “antigos” incluem:
. Blocos grandes para montar
. Bolhas de sabão
. Brinquedos de borracha que podem ser mordidos
. Carrinhos/aviões/trens sem bateria
. Bolas
. Jogo de boliche de plástico
. Baldes
. 2 bolas grandes de fisioterapia
. Pequena cama elástica
. Pequeno escorregador.
. Brinquedos para incentivar o uso da imaginação (ex: cesta de piquenique, louças e comidinhas de plástico, kit de médico, dinheiro de brincadeirinha, etc.).
. Jogos tipo dominó, jogo da memória, quebra-cabeças.
. Jogos de tabuleiro (ex: jogos físicos como “Twister”, jogos cooperativos, jogos onde os participantes agem como diferentes personagens ou animais, jogos com perguntas sobre fatos ou perguntas pessoais, etc.) Importante: podem ser confeccionados em casa para que se empreguem os interesses únicos de cada criança ou adulto.
. Livros
. Letras e números de plástico ou outro material durável
. Material para colorir, desenhar e escrever (papel, cartolina, giz de cera, canetinhas, tesoura sem ponta, fita crepe, lousa, etc)
. Instrumentos musicais simples (tambor, pandeiro, gaita, flauta, sino, xilofone, chocalho, microfone que amplifica a voz sem utilizar pilha ou bateria)
. Acessórios para fantasias (ex: tapa-olho de pirata, avental, máscaras de animais, capas, chapéus, óculos de plástico, etc.),
. Caixa sensorial (ex: lenços, penas, luvas de borracha, escovas, objetos com formatos diferentes e tecidos com texturas variadas).
. Bichos de pelúcia/personagens favoritos/bonecos
. Fantoches de mão e dedo
. Pintura facial
. Cobertor
. Bexigas para encher
Você não precisa ter todos os brinquedos mencionados. Escolha os brinquedos e objetos que você acha que seu filho poderia se interessar. 
Lembramos que o importante é prover brinquedos e objetos que sejam do interesse de seu filho. Se ele gostar de retalhos coloridos, providencie retalhos coloridos, se gostar de dinossauros, ofereça dinossauros, etc. Os brinquedos, em sua maioria, podem ser confeccionados em casa e improvisados com diversos materiais, como por exemplo, caixas de papelão, panos, baldes e potes, garrafas de plástico. Talvez seja melhor manter alguns dos acessórios de fantasias e objetos para atividades de imaginação fora do quarto e apenas trazê-los para dentro quando você for utilizá-los na sessão. Isso ajuda a manter o quarto e as prateleiras menos lotadas (o que acontece muito!).
Por fim, é ótimo quando a criança brinca com os brinquedos da prateleira, mas muitas crianças simplesmente não se interessam pelos objetos e brinquedos da prateleira.
Tudo bem se isso acontecer.
A nossa prioridade está na interação. Se você conseguir interações que envolvam canções, brincadeiras físicas ou que não envolvam ainda nenhum brinquedo continue a estimular essas atividades e não se preocupe por enquanto com os brinquedos. 
. Tenho uma dúvida que já está me deixando louco, o Renato não quer fazer cocô, ele está prendendo, fazendo contrações para não fazê-lo e isso está machucando o bumbum porque sai muito pouquinho e com isso causando assadura. Como devo agir, pois ele não está com intestino preso, o pouquinho que sai é normal não está ressecado, já dei laxante coloquei supositório e até agora nada. Se você puder me dizer como fazer eu agradeço.
Celebre o que ele está fazendo! Elogie seu filho pelo pouquinho de cocô que ele faz. Mantenha-se descontraída, confortável, e calmamente o estimule a continuar quando ele parar. Não insista para que ele se sente no vaso novamente e termine de fazer cocô, pois parece que isto não está funcionando e pode transformar a atividade em uma batalha por controle. Uma das razões dele não querer fazer cocô pode ser a de que ele está tentando obter o controle da situação.
Se este for o motivo, você terá melhores resultados se responder à situação de maneira calma e confortável, e encorajá-lo gentilmente sem insistir. Em alguns casos, as crianças vivenciam sensações intensificadas que tornam o ato de fazer cocô difícil para elas. Se este for o caso com o seu filho, as pessoas ao redor o ajudarão mais quando estiverem calmas e compreensivas em relação a esta dificuldade apresentada por ele. Se o seu filho realmente tem experiências sensoriais intensificadas, você também pode ajudá-lo através da introdução de elementos de integração sensorial em seu programa.
Há muitos livros ou sites na internet com informações oferecidas por profissionais especializados em integração sensorial. Por exemplo: *“The Fabric of Autism -Weaving the Threads into a Cogent Theory”, livro de Judith Blue Stone - fundadora do Instituto HANDLE nos EUA, ela mesma encaixando-se dentro do espectro do autismo. A autora faz um relato de suas próprias dificuldades sensoriais na infância e adolescência, explicando também como o autismo seria uma desordem multi-sistêmica no organismo de uma pessoa, e oferecendo ideias de como tratar a desordem pensando no corpo integrado como um todo.
O site da HANDLE (www.handle.org) oferece dicas de atividades de integração sensorial. *“The Out-of-Sync Child, Recognizing and Coping with Sensory Processing Disorder” e ”The Out-of-Sync Child has Fun – Activities for Kids with Sensory Integration Dysfunction”, ambos livros de Carol Stock Kranowitz, oferecem explicações sobre dificuldades de integração sensorial e diversas atividades divertidas com o objetivo de promover a integração sensorial. 
. Como começar a procurar e treinar voluntários?
O recrutamento e treinamento de voluntários serão áreas trabalhadas em maior profundidade durante o Workshop de Nível 2. Por enquanto, adiantamos que uma das maneiras mais eficazes de se recrutar costuma ser a distribuição de cartazes e folders em universidades, principalmente nas faculdades de psicologia e educação, mas também faculdades de artes cênicas e interpretação, artes plásticas, comunicação social, enfermagem, terapia ocupacional, fonoaudiologia, bibliotecas, APAEs, AMAs, escolas especiais e centros de habilitação para pessoas com necessidades especiais.
Algumas famílias optam por colocar os cartazes em clubes e igrejas também.
Há famílias que conseguem o apoio de algum professor universitário para que os estudantes envolvidos no programa domiciliar da criança recebam créditos como se fosse um estágio para o curso universitário. Muitas famílias também contatam o jornal impresso local e perguntam se eles estariam interessados em publicar um artigo relacionado à criança e ao programa que estão desenvolvendo para ela. Muitos jornais possuem uma seção local e estão procurando por histórias como estas.
No artigo, você poderia mencionar que está procurando por voluntários e oferecer um número de telefone e e-mail para contato. No Brasil, é cada vez mais frequente o recrutamento de voluntários através de grupos de discussão especializada na internet, como os grupos de discussão sobre temas ligados a pessoas com autismo.
A bela oportunidade de se estar com a sua criança, somada à empolgação que vocês tiverem pelo programa que estão desenvolvendo para sua criança, são fatores que podem motivar muito as pessoas para que queiram participar do programa. É importante que as pessoas se comprometam como se comprometeriam a um trabalho remunerado, pois a responsabilidade é a mesma. Não será um favor para vocês ou seu filho, e sim uma fantástica oportunidade de vida para todos! Você pode avisar que todo o treinamento será oferecido por você gratuitamente para os voluntários, e que você oferecerá sessões frequentes de feed back para eles. Passe a mensagem da beleza do programa, de como é divertido, prazeroso, e muito humano.
É importante não sobrecarregar os voluntários com muitas informações e solicitações no início, mas estimulá-los a se juntar ao seu filho de forma amorosa, carinhosamente, respeitosa (o) e divertida (o), para brincar com ele (a) e formar um vínculo. Recomendamos sessões curtas no início e, conforme o nível de conforto e de habilidades do voluntário gradualmente aumenta, vá aumentando aos poucos a duração das sessões. Você pode pedir que eles lessem as informações do site Inspirados pelo Autismo e www.son-rise.org caso leiam também em inglês. Você pode mostrar vídeos da metodologia e pedir que leiam livros que considere relevantes. Utilize o material do workshop de introdução como material de apoio para treinar os voluntários.
É muito importante treinar seus voluntários com certa regularidade. Certifique-se de que você e seus voluntários agendem um horário semanal para que você possa dar feed back a cada um deles. Normalmente, o melhor momento para se der o feed back é aquele imediatamente após você ter observado o voluntário e mação, no quarto de brincar/interagir. Quando já tiver seu pequeno grupo de voluntários, ou mesmo se o grupo for formado por apenas duas pessoas, agende regularmente reuniões semanais ou quinzenais.
É extremamente importante manter essas reuniões de grupo. Elas dão uma direção sólida ao seu programa e permitem que vocês elaborem e ajustem as metas educacionais à medida que mudanças na criança ocorram. Para um suporte contínuo e acompanhamento do treinamento de seus voluntários, sugerimos que você envie, com a frequência que desejar um vídeo de uma sessão de um de vocês com a sua criança para que vocês possam receber feed back de um de nossos consultores. (Ver “Consultas Telefônicas” em nossa página de serviços.) No Workshop de Nível 2 nós temos um tópico relativo a como treinar e dar feed back para os voluntários após as sessões de quarto com sua criança.
Para mais informações sobre recrutamento de voluntários, leia.
. Há um número máximo de pessoas para integrar a equipe de voluntários no atendimento ao nosso filho?
Além da equipe multidisciplinar de profissionais que atendem a criança, nós sugerimos um número de 4 a 8 voluntários no programa domiciliar. Algumas famílias encontram bons resultados com um número de voluntários acima do sugerido, mas muitas vezes pode chegar a ser confuso para a criança e difícil para os pais a tarefa de coordenação e treinamento de tantas pessoas. O que acontece frequentemente nestes casos com tantas pessoas é que cada uma participa de sessões apenas 1 vez por semana, por 1 ou 2 horas. Com esta frequência, as pessoas levam um período de tempo maior para construir um relacionamento com a criança. É por isso que recomendamos que cada voluntário participe de sessões pelo menos 2 vezes por semana ou 1 vez por semana em sessões mais longas (3 horas, mesmo que haja um intervalo para descanso).
Um outro motivo pelo qual recomendamos que os voluntários dediquem um mínimo de 4 a 6 horas por semana é que vocês pais investirão tempo e energia no treinamento de cada voluntário, e compensa mais investir naqueles que podem se dedicar mais ao programa. Aqueles que vierem de 2 a 3 vezes por semana, provavelmente se envolverão mais no programa, participarão de reuniões, criarão um vínculo com a sua criança mais rapidamente. E você terá o mesmo tanto de trabalho para treinar uma pessoa que virá apenas 1 hora por semana, dar feedback para ela, contar como foi a reunião do grupo, etc.
Por isso, recomendamos de 4 a 8 voluntários que dediquem ao programa pelo menos 4 horas semanais. Isso geralmente significa que a família tem menos voluntários, mas que trabalham um mesmo número de horas no quarto de brincar/interagirem que um grande grupo trabalharia, e estes voluntários tendem a ter um treinamento melhor, um grau de comprometimento maior, e um envolvimento mais profundo com a criança.
Para mais informações sobre recrutamento de voluntários, leia.
. Minha filha chora muito quando quer algo. Às vezes não tenho tempo nem de descobrir o que ela quer antes dela começar a chorar. Outras vezes sei exatamente o que ela quer, mas acabei de falar para ela que ela vai precisar esperar um pouco... Não sei o que fazer!
Antes de qualquer coisa, seria muito útil você notar como você tem se sentido em relação ao choro dela. É difícil para você? Você se sente angustiada, triste? Notamos em nossa prática diária que quanto mais confortável conseguimos ficar em relação ao choro, mais eficazes somos para ajudar a pessoa a escolher outras formas de comunicação. Frequentemente (nem todas às vezes, mas em muitas das vezes) as crianças e adultos com autismo choram para pessoas que de alguma forma “alimentam” o choro. Por este motivo, recomendamos que você observe suas respostas ao choro:
§  Você passa a agir de forma mais rápida para dar para sua filha o que ela quer quando ela chora?
§  De alguma forma você muda o que vinha fazendo quando ela chora de forma que ela compreenda que chorar “funciona”?
§  Você se sente e demonstra estar desconfortável com o choro dela, fazendo de tudo para ela parar de chorar
§  Você dá muito mais atenção quando ela chora
§  Você abre concessões no limite que havia imposto quando ela começa a chorar?
Se você adota qualquer uma destas respostas, a mensagem que sua filha recebe é: “chorar faz com que eu ganhe o que quero chorar é uma forma de comunicação que traz recompensas”.
Queremos demonstrar para criança que há outras formas de comunicação mais eficientes, como a fala ou os gestos calmos, etc. Quando sua filha falar (ou emitir qualquer som calmo mesmo que possua pouca clareza) ou utilizar algum gesto calmo, sem choro, ofereça ações animadas e rápidas como resposta para o que ela está pedindo. Seja super-responsivo aos sinais dela quando ela utiliza formas de comunicação que você prefere. Já quando ela chorar ofereça respostas lentas e demonstre não entendê-la tão bem quanto quando ela fala. Procure não gratificar o choro. Este contraste de respostas a ajudará a entender que a fala e gestos são bem mais eficientes que o choro para que ela consiga o que quer.
. Quando crianças e adultos com autismo batem em si mesmos ou nos outros, pode ser que eles estejam sentindo alguma dor ou desconforto e estejam tentando se livrar da dor através deste ato de se bater ou bater-nos outros?
É possível. Em geral, há 3 razões para uma criança ou adulto com autismo se bater ou bater nos outros. A primeira razão é o que chamamos de “apertar os botões”. Isto significa que a pessoa está batendo para ganhar alguma reação de alguma pessoa em seu ambiente. É uma maneira de se adquirir mais controle de seu ambiente, provocando uma reação que já é conhecida e esperada.
Se uma criança ou adulto que deseja ter uma sensação maior de controle em sua vida sabe que, ao bater nela mesma em outra pessoa, ela conseguirá que a mãe, pai ou qualquer outra pessoa ofereça a ela uma intensa reação, mesmo que seja uma reação de desaprovação, ela continuará investindo nesta estratégia para ganhar a atenção e forte reação. Lembre-se que esta pessoa está fazendo o melhor que pode com as habilidades que possui!
A melhor maneira de se responder a este comportamento é manter-se calmo e restringir suas ações ao mínimo. Portanto, se você precisa proteger outra criança ou a si mesmo das agressões físicas da pessoa com autismo, procure fazer isto da forma mais calma possível, com uma reação mínima, ao invés de uma atitude dramática carregada de um tom emotivo intenso e negativo.
Desta forma, sua resposta será menos atraente e interessante para uma pessoa que está tentando apertar os seus botões e conseguir uma reação sua. Você pode então oferecer grandes reações para celebrar aqueles comportamentos mais gentis e cuidadosos da pessoa com autismo. 
Outra razão para a pessoa se bater ou bater-nos outros pode ser a tentativa de autor regulação sensorial ou de energia física. Se uma pessoa com autismo apresenta repentinas “explosões” de energia ou de sensações em seu corpo, ela pode achar que irá conseguir regular/ajustar seu corpo se bater em si mesmo ou em outra pessoa. Se este for o caso com a criança ou adulto, mantenha-se calmo e, com a permissão da pessoa com autismo, ofereça massagens variadas e diferentes estímulos tácteis. Por exemplo, se ela estiver batendo em sua própria cabeça, ofereça um toque com pressão em sua cabeça, etc.
Recomendamos que os familiares procurem se informar sobre dietas especiais, exames e protocolos específicos para auxiliar pessoas com autismo na área biológica. Uma terceira razão pela qual a pessoa pode bater em si ou nos outros pode ser a tentativa de comunicação. Talvez “a pessoa esteja tentando comunicar algo como: “saia de perto de mim”,” “me dê o objeto agora”, ou simplesmente “não!”.
Se você acha que sabe o que a pessoa quer, por exemplo, dizer “não” para uma atividade, ofereça para a pessoa uma forma de comunicação alternativa ao bater. Por exemplo, você diria: “você pode dizer ‘não’ se você não quer que eu cante.” É importante perceber se, antes de partir para a ação de bater, a pessoa vinha tentando comunicar a você ou a outra pessoa que ela NÃO queria algo mas só foi atendida quando começou a bater? Se este for o caso, a pessoa está aprendendo que o ato de bater é uma poderosa e útil forma de se comunicar.
Para evitar que a pessoa utilize este tipo de estratégia de comunicação, responda às comunicações que são precursoras ao ato de bater para que a pessoa não precise intensificar a comunicação e chegara bate para ser entendida. Algumas vezes, as três razões para bater em si mesmo ou nos outros se misturam ou alternam-se em um mesmo evento. Por isso, talvez você precise modificar a sua resposta de acordo com a criança ou adulto em questão e o momento específico de cada evento. 
. Como posso estar com o meu filho quando ele está em isolamento, parado e olhando para o nada?
Quando uma criança está em isolamento, ela sempre está fazendo alguma coisa. No caso do seu filho, parece que ele está absorvido em alguma experiência sensorial. Quando ele está olhando para o "nada", ele pode estar olhando para algo. Ou talvez esteja ouvindo atenciosamente algum som. Talvez esteja absorvido pela sensação de suas roupas em contato com seu corpo ou o movimento do ar em sua pele. Ele pode também estar concentrado em alguma fragrância no ar. Quando as crianças e adultos no espectro do autismo são capazes de contar verbalmente como são suas experiências, eles muitas vezes relatam um universo com experiências sensoriais muito mais intensas do que a maioria das pessoas neuróticas.
Nós queremos ajudá-los a interagir muito mais conosco em “nosso mundo”. Muitas vezes, o melhor jeito de facilitar uma maior interatividade é permitir que a pessoa continuasse e “complete” sua atividade de isolamento e que ela mesma inicie a interação conosco (olhando em nossos olhos, aproximando-se de nós através de um contato físico, ou comunicando-se conosco de forma verbal ou não verbal). Quando uma pessoa com autismo termina espontaneamente sua atividade de isolamento e inicia uma interação, notamos que há uma probabilidade maior dela permanecer em uma interação com nosso corpo períodos mais longos. 
Junte-se ao comportamento de seu filho, fazendo o que ele está fazendo. Tente descobrir mais sobre o que está absorvendo a atenção dele. Tente aprender mais sobre o mundo em que ele vive. Tente apreciar tudo de seu filho – até a parte dele que está em isolamento.
Saiba que se você conseguir se sentir bem ao ficar parada olhando para o nada (ou para algo) junto com ele, ele perceberá e vocês poderão construir uma conexão até mais profunda do que vocês já têm. Duas pessoas que gostam do mesmo programa de TV constroem uma conexão através da atividade e interesse compartilhado. Imagine que ele está assistindo a algum tipo de “programa de TV” e nós é que não conseguimos ver o que está passando na tela... 
. Devemos tentar reduzir a frequência dos comportamentos de repetição e isolamento até que não mais ocorram?
Ao invés de procurar impedir a ocorrência dos comportamentos de isolamento e repetição (os “ISMOs” - não estamos nos referindo aqui aos comportamentos indesejados mencionados no workshop), nós nos concentramos em promover o aumento da interatividade e envolvimento social.  Quando as habilidades sociais aumentam, os “ismos” de uma pessoa com autismo tendem a naturalmente diminuir em sua frequência. A pessoa passa a ter menos necessidade de investir nestes comportamentos. Algumas pessoas chegam a não apresentar mais nenhum “ismo”, o comportamento extingue-se completamente. Outras pessoas continuam a se engajar em atividades repetitivas e de isolamento mesmo apresentando níveis cada vez mais altos de interatividade social. 
. O que posso fazer para ajudar meu filho a começar a utilizar o penico ou vaso sanitário e deixar de usar fraldas?
Quanto ao treino da utilização do vaso sanitário, recomendo que, se for uma criança, o facilitador encoraje a criança a utilizar o vaso através de estímulos divertidos, convites animados, brincadeiras que contribuam para a conscientização da possibilidade de se fazer xixi no penico ou vaso, e de como esta possibilidade pode ser divertida para a criança (ex: teatrinhos com fantoches utilizando o banheiro, músicas favoritas com a letra adaptada para o tema, desenhos, decorações próximas ao vaso, livros e conversas),dando bastante controle para a criança utilizar o banheiro quando quiser, se quiser.
De maneira geral, quando os pais querem ajudar a criança a utilizar o vaso, costumo recomendar que tirassem as fraldas da criança durante o dia quando a criança for permanecer em casa, em local fácil de limpar episódios de xixi e cocô nas calças e no chão.
O melhor lugar para se fizer isso costuma ser o quarto de brincar/interagir, pois acompanhamos a criança durante todas as sessões, e ficamos atentos para os sinais precursores de que a criança está para fazer xixi ou cocô, podendo então convidá-la para o penico ou vaso antes que isso ocorra.Cada vez que a criança faz xixi ou cocô na roupa ou no chão, limpo sem demonstrar nenhuma reprovação, bronca ou emoção intensa, para não alimentar este ato da criança com uma atitude que pode ser interessante para ela.
Acredito que ela está fazendo o melhor que pode. Explico que preciso parar de brincar um pouco para limpar o xixi e o faço tranquilamente. Ao mesmo tempo, incentivo a criança a fazer no vaso na próxima vez. Por último, e muito importante, celebro apaixonadamente cada vez que a criança se aproxima ou chega a utilizar o penico ou vaso, fazendo muita festa mesmo para encorajá-la a repetir este ato em outras ocasiões.
Recomendo também o uso de modelagem (que o pai e/ou mãe contem para a criança que eles também utilizam o banheiro e, se possível, que “mostrem” o vaso sanitário sendo utilizado por eles mesmos ou por irmãozinhos da criança). Para algumas pessoas, o penico ou vaso de acampamento (“camping potty” – apresenta um bom tamanho para adultos e possui um reservatório selado embaixo) funcionam melhor que o vaso sanitário convencional, seja por estarem no próprio quarto de brincar/interagir, pelo tamanho ou pelo fato de não terem água no fundo.
Com os adolescentes e adultos com autismo, tento utilizar as mesmas estratégias, mas costumo conversar mais com a pessoa sobre as razões higiênicas para a utilização do vaso e até sobre as regras sociais relativas ao fato, e adapto tanto a conversa quanto as atividades estimuladoras ao estágio de desenvolvimento social/cognitivo da pessoa e suas diferentes motivações. 
. Quando começar a utilizar menos o quarto de brincar/interagir e passar a utilizar outros ambientes para as atividades da criança ou adulto com autismo?
Quando a pessoa começa a apresentar várias das habilidades dos estágios 3 e 4 do Modelo de Desenvolvimento, nós começamos a fazer a transição gradual para outros ambientes. Em linhas gerais, recomendamos que as seguintes considerações sejam feitas ao se analisar como a pessoa com autismo poderá se beneficiar de cada novo ambiente:
§  Qual é o nível de distração (desatenção) que a pessoa apresenta em ambientes externos?
§  O quanto você precisa ser mais controlador e menos responsivo em ambientes externos com o objetivo de proteger a pessoa com autismo, outras pessoas, objetos, etc?
§  O quanto à pessoa com autismo torna-se mais controladora e inflexível em ambientes externos?
§  Qual é o nível de interatividade da pessoa em ambientes externos se comparado com o nível de interatividade em ambientes internos da casa?
A maioria das crianças e adultos com autismo demonstra que estão aptos para permanecer mais tempo em ambientes externos quando apresentam um alto grau de interatividade e de comunicação dentro do quarto de brincar/interagir e na casa. Neste momento, ambientes externos tornam-se cada vez mais úteis para o desenvolvimento da pessoa com autismo. 
. Meu filho tem 16 anos e gosta de jogar sempre os mesmos jogos de tabuleiro, algumas vezes de forma bem rígida e olhando pouco para mim. O que posso fazer para ajudá-lo a se interessar por outros jogos e para tornar estas atividades mais interativas?
Que bom que você está buscando formas de ajudar seu filho a interagir mais através das atividades que ele tem interesse! Celebre o que ele já está fazendo, que é jogar os jogos COM você, seguir as regras, deixar que você tenha a sua vez, etc.!  Nos momentos em que ele estiver mais rígido, olhando menos para você, interagindo pouco dentro da atividade, permita que ele tenha o controle sobre a atividade e continue a jogar do jeito que ele quiser.
E divirta-se com a atividade do jeitinho que ele gosta de fazer. Aprenda mais sobre o mundo de seu filho ao compartilhar com ele esta atividade. 
Quando você sentir que ele está de certa forma mais aberto para as suas participações, olhando mais, falando de forma mais espontânea, sorrindo, dando sinais verdes para interagir mais, procure oferecer divertidas contribuições suas à atividade.
Você pode começar com pequenas contribuições, por exemplo, fazer uma cara engraçada quando for a sua vez de jogar o dado e ele olhar para você, fazer uma animada festa qualquer que seja o resultado do seu dado, falar com a voz de algum personagem interessante, levantar da cadeira ou do chão para fazer a sua “dança da sorte” antes de jogar o dado, etc. Celebre as participações dele também. Quanto mais flexível e motivado pela sua participação ele estiver, ofereça mais contribuições suas. Desta forma, o foco de atenção estará mais e mais em você, e a atividade mais interativa e flexível. Se ele se tornar mais rígido durante o jogo, volte a jogar da maneira que ele quiser, dando mais controle para ele, sendo responsiva aos sinais que ele oferece.
Uma outra forma de variar a atividade é sugerir animadamente logo de início outras regras ou regras adicionais ao jogo conhecido. Procure trazer ao jogo outras temáticas que já são do interesse do seu filho. Por exemplo, se você sabe que o seu filho gosta de aviões e vocês vão jogar Banco Imobiliário, você pode sugerir que algumas das pecinhas sejam aviões, ou que vocês adicionem a figura de um aeroporto em um dos cantos do tabuleiro, com valor para compra ou aluguel, etc.
Inventar o seu próprio jogo de tabuleiro também pode ser uma maneira muito eficaz para se estimular a interação, a flexibilidade e o desenvolvimento de habilidades sociais. Pense nas temáticas que são interessantes para seu filho.
Desenhe em uma cartolina o caminho do jogo, e em cada casa adicione tarefas para cada jogador que você sabe que são motivadoras para o seu filho e que podem incentivá-lo a desenvolver habilidades sociais como o contato visual, a conversação, a flexibilidade, o intervalo de atenção compartilhada, ou outras habilidades que façam parte das metas educacionais do programa de desenvolvimento de seu filho. Alterne tarefas mais fáceis com tarefas mais difíceis, e dê ênfase à diversão.
Exemplos de tarefas: imitar um gorila, andar fingindo que está com o pé doendo, inventar uma sentença utilizando uma determinada palavra, contar algo que aconteceu na última viagem, fazer uma pergunta pessoal para o outro jogador e ouvir a resposta (ex: “qual é a sua comida preferida?”), etc. Você pode plastificar a cartolina para poder utilizá-la novamente em outras sessões. E também criar novos jogos utilizando diferentes combinações dos interesses do seu filho. 
Um novo olhar sobre o Autismo - Com mais informações sobre o distúrbio, médicos calculam que o Brasil pode ter um (1) milhão de casos não diagnosticados. (Revista Época).
"Os médicos não conseguem reconhecer os sintomas de autismo porque não são preparados para isso", diz a psiquiatra da infância e da adolescência Rosa Magaly Moraes.
"A psiquiatria infantil não é disciplina obrigatória na formação de um pediatra." Segundo ela, o pediatra só vai perceber que há algo estranho com a criança quando ela já está com mais de 2 anos. Então, manda-a para um especialista. "O diagnóstico, em geral, percorre um caminho longo: do pediatra para a fonoaudióloga ou fisioterapeuta, daí para o neurologista ou psiquiatra, psicoterapeuta etc." Isso, nos casos em que há diagnóstico.
Esse número não chega a 50 mil, diz Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Autismo no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. "Não há nenhum estudo sério sobre o número de autistas no país", diz. "Mas suspeita-se que haja um (1) milhão de casos ocultos." Essa estimativa é uma extrapolação, com base no número de casos dos Estados Unidos. É uma forma de cálculo válida? "Não costuma haver uma variação grande de prevalência de autismo entre diferentes populações", diz Pedro Gabriel Delgado, coordenador da Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde brasileiro. Portanto, a porcentagem de casos seria mais ou menos a mesma em qualquer país.
Os Estados Unidos viviam uma situação parecida com a do Brasil até o início da década de 80. Então a Associação Psiquiátrica Americana decidiu tornar mais abrangentes os parâmetros para o diagnóstico do distúrbio - e o país viveu uma campanha de informação para detectar o problema. Como aqui, a maioria dos médicos tinha a imagem estereotipada do autismo: considerava autista apenas a pessoa totalmente incapaz de interagir socialmente. Com as novas normas, o número de casos explodiu. A mídia chegou a tratar o autismo como uma "epidemia". Hoje, duas décadas depois, estimativas mais radicais sugerem que haveria um autista para cada 150 pessoas. Em dezembro passado, o Congresso americano aprovou a aplicação de US$ 1 bilhão em verbas para programas de pesquisa, esclarecimento, saúde ou educação.
"O número de casos registrados cresceu", diz o neurologista gaúcho Carlos Gadia, diretor-médico do Dan Marino Center, em Forth Lauderdale, na Flórida, um dos principais centros de referência em s autismo nos Estados Unidos. "Isso não significa que haja uma epidemia. Houve uma ampliação dos critérios usados para estabelecer se uma criança é autista ou não." A flexibilidade dos critérios para considerar alguém autista ou não explica a diferença nas estimativas internacionais. Na Inglaterra, há estudos ainda mais radicais que os americanos. A aplicação de um deles sugere que o Brasil poderia ter 1,8 milhão de autistas. Segundo Delgado, do Ministério da Saúde, o estudo mais adequado seria o de Eric Fombonne, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Ele fala em 13 crianças autistas para cada 10 mil. Mesmo por essa estatística mais conservadora, haveria cerca de 180 mil casos não diagnosticados no Brasil.
É provável que uma campanha de esclarecimento similar à americana produza no Brasil a mesma sensação de epidemia. Sem nenhuma divulgação oficial, o Hospital das Clínicas de São Paulo, um dos centros de referência nacionais no tratamento de autismo, tem filas de candidatos a paciente.
Pessoas do país inteiro viajam para se consultar com Estevão Vadasz. Ele diz que acompanha cerca de 400 casos por ano. Entre eles, uns cem novos a cada ano. "Não damos conta de atender todo mundo que nos procura." Na classe média, em geral mais conectada, há um crescimento espontâneo, detectado pelo aumento do número de casos tratados em clínicas particulares. "As pessoas ouvem falar a respeito, se informam", diz a psicóloga Leila Bagardo, diretora da clínica Gradual, especializada em autismo, em São Paulo.
Autismo é uma maneira diferente, simples de ver o MUNDO de viver e de ser. Mas, sei que eu cheguei aonde chegue, mesmo porque tive quem olhassem por mim. J.S.O. 20 anos de idade. Assim é minha vida. Assim é o meu MUNDO.
Segundo o neurologista Gladia, a explosão de casos nos Estados Unidos se deve à pressão exercida por pais de autistas. "As famílias começaram a se unir em organizações, fazer lobby, pressionar o Congresso", diz. "Pessoas famosas, como o jogador de futebol Dan Marino, vieram a público declarar que tinham filhos autistas." As campanhas provocaram até certo exagero. Nas escolas públicas da Califórnia, o número de autistas cresceu assustadoramente nas últimas duas décadas, enquanto o de crianças com retardo mental diminuiu muito. "Por lei, as escolas são obrigadas a dar atendimento individualizado a crianças autistas", diz Gladia. "Para outros distúrbios, não. Os médicos sabem que, se derem um diagnóstico de autismo, a criança estará mais bem amparada."
Ainda que haja exageros, a campanha pró-diagnóstico é positiva. Primeiro, ela permite que o tratamento englobe também casos mais leves, de pessoas que seriam antes consideradas apenas "esquisitas". Pequenos dramas pessoais, de gente com dificuldades nas áreas de comunicação, interação social e foco de interesse, passaram a receber atenção e cuidado. Mas o principal é ajudar a detectar mais cedo os casos de autismo. Isso faz uma grande diferença no tratamento e nas probabilidades de o paciente conquistar autonomia.
"Não existe cura", diz J.S.O., de 20 anos de idade. "Autismo é uma maneira diferente de ser e de ver o mundo. Mas sei que cheguei aonde cheguei, mesmo porque tive quem olhasse por mim." O caso de J.S.O. É o melhor argumento contra o desespero dos pais ao descobrir que seus filhos são autistas. Hoje, formado no ensino médio, ele quer fazer vestibular para a faculdade de Letras. Mas, até os 4 anos, não falava. Sua mãe diz que ele apenas repetia o que os outros diziam e emitia um "iiiiiiiiii" alto, constante e agudo. Balançava as mãos sempre que estava nervoso ou contente. Quando algo fugia de sua rotina, se debatia e chorava.
O garoto foi encaminhado à AMA (Associação de Amigos de Autistas) com 6 anos de idade. Tinha todos os sintomas de um autista clássico. "Achei que não poderíamos fazer muita coisa por ele", diz Ana Maria de Mello, gerente-administrativa da AMA de São Paulo. Mas J.S.O. Surpreendeu. Aos poucos, aprendeu a falar, escrever, abandonar os movimentos e sons repetitivos.
Aos oito (8) anos, fez o pré em uma escola normal e, daí para frente, seguiu frequentando o colégio e a AMA paralelamente. Já no ensino médio, passou a voltar sozinho de ônibus da escola. Ainda tem dificuldade de olhar nos olhos das pessoas. Sem malícia, é constantemente monitorado pela mãe. Mas reage como todo adolescente: "Ela pensa que eu sou criança".
                                       GÊMEOS AUTISTA

"Os pais precisam entender que muita coisa pode ser revertida", diz Cíntia Guilhardi, outra diretora da clínica particular Gradual. "E, quanto mais cedo, melhor." A falta de informação e recursos de tratamento faz até com que algumas mães deixem seus filhos autistas amarrados na cama para ir trabalhar. "Elas não têm com quem deixá-los," diz a psiquiatra Rosa Magaly Moraes, que atende à AMA de São Paulo. "Quando isso acontece, é por falta total de opção."
Quando existe informação, a reação pode ser oposta. Ao descobrir que seus dois filhos gêmeos eram autistas, a empregada doméstica Rosângela Cristina, de 34 anos, deixou o interior da Bahia e se mudou para São Paulo, em busca de tratamento. Para isso, se separou do marido. Marcel e Marcelo Lima de Souza tinham 4 anos. Hoje, têm oito (8). Rosângela precisou esperar três anos para conseguir vagas na AMA para os filhos. "Antes, eles iam uma vez por semana ao Capsi (Centro de Atendimento Psicológico) e ficavam lá uma hora", diz. O tratamento da AMA tem dado resultados. Eles estão largando as fraldas e comem sozinhos.
Na falta de campanhas oficiais, os pais têm criado redes de relacionamentos. Na internet há vários sites sobre o assunto, com listas de discussões, blogs, depoimentos tocantes. Em comunidades no Orkut, o site de relacionamento mais popular do Brasil, familiares de autistas trocam informações sobre tratamentos, remédios, experiências. Também falam de seus sentimentos e riem das travessuras das crianças. "Não é tudo tristeza", diz a carioca Cláudia Marcelino, mãe de Maurício, de 16 anos, e dona da comunidade Diário de um Autista. "Eles fazem muita coisa engraçada. Além disso, nós comemoramos juntas as vitórias de cada um."
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE DIREITO ISMAEL DE CÓRDOVA PROTEÇÃO JURÍDICA DAS PESSOAS COM AUTISMO: ESTUDO DE CASO EM CRICIÚMA-SC CRICIÚMA, DEZEMBRO, 2009. PROTEÇÃO JURÍDICA DAS PESSOAS COM AUTISMO: 
ESTUDO DE CASO EM CRICIÚMA-SC - CRICIÚMA, DEZEMBRO, 2009 1ISMAEL DE CÓRDOVA PROTEÇÃO JURÍDICA DAS PESSOAS COM AUTISMO: ESTUDO  DE CASO EM CRICIÚMA-SC Trabalho de Conclusão do Curso, apresentando para obtenção do Grau de Bacharel no Curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Msc. Ismael Francisco de Souza - CRICIÚMA, DEZEMBRO, 2009 2 ISMAEL DE CÓRDOVA - PROTEÇÃO JURÍDICA DAS PESSOAS COM AUTISMO: ESTUDO  DE CASO EM CRICIÚMA-SC.Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Jurídicas, no curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 01 de dezembro de 2009 -BANCAS EXAMINADORAS. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário